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Sejus inicia projeto com xadrez na Cadeia Pública de Altos

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) iniciou mais um projeto de ressocialização no sistema prisional piauiense. O esporte passa a ser, também, uma ferramenta de transformação de vidas por meio do Projeto Atuar para Ressocializar. Na Cadeia Pública de Altos, o xadrez foi a modalidade escolhida para ser ensinada aos reeducandos.
O projeto engloba, além do xadrez, o futebol e, ainda, atividades culturais e educacionais, como apresentações teatrais e palestras educativas. A ação ocorre graças à parceria entre a Sejus e a Vara de Execuções Penais, do Tribunal de Justiça. Segundo a Diretoria de Humanização do órgão, o Atuar para Ressocializar irá contemplar todas as unidades e possibilitará a remição da pena dos custodiados.
Sessenta reeducandos participam, inicialmente, das aulas que acontecem semanalmente na unidade penal da região metropolitana. De acordo com o gerente da Cadeia Pública, o policial penal Rafael Magalhães, a atividade proporciona também uma melhoria no ambiente do local.
“Apresentamos a ideia do xadrez e, de pronto, foi aceita. Fomos atrás de parceiros como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública e o Ministério Público que ajudaram com a doação de jogos e a ministração das aulas. É uma atividade que, além da remição, ocupa a mente do reeducando e deixa o ambiente carcerário mais ameno”, disse o gerente da unidade.
O advogado Yuri Cavalcante está participando do projeto como ministrante das aulas. Para ele, o jogo de tabuleiro é uma metáfora da vida com lições, promoções, sacrifícios e desenvolvimento.
“Conheci o xadrez aos 12 anos de idade. Na época, fui agraciado com um trabalho voluntário. Desse modo, me sinto na obrigação de retribuir o conhecimento adquirido. Ao iniciar as aulas, confesso que fiquei surpreso pela receptividade dos internos. Porém, o que mais chamou atenção foi saber que muitos deles tinham uma noção dos movimentos praticados no jogo, bem como o interesse em conhecer mais a fundo as regras e estratégias. É visível quando há um verdadeiro interesse e isso me motiva a continuar repassando todo o conhecimento possível”, frisou o advogado.
Um dos internos que está inserido nas aulas de xadrez é Caio Sousa. Para ele, além do aprendizado, o xadrez serve como forma de desestressar. “O xadrez é muito importante porque tira o foco das coisas ruins. A atividade estimula muito a mente, faz com que a gente pense sempre antes de agir, tenha raciocínio mais rápido e nos ensina a ter estratégias em tudo”, disse Caio.
Fonte: Sejus

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