Mais uma vez, Sílvio Mendes, candidato ao governo do Piauí pelo União Brasil, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), menospreza e discrimina segmentos representativos da população piauiense. A vítima da vez do candidato foi o povo quilombola, da região de Amarante (PI), a quem chamou de “indecentes e miseráveis”.
Dias antes, Sílvio Mendes se utilizou da fala racista contra a jornalista Katya D’Angelles, durante sabatina na Rede Meio Norte, ao afirmar que ela, “apesar de ter a pele escura, era inteligente”. Depois atacou o jornalista Marcos Teixeira, durante sabatina na Rede Clube, ao dizer que o profissional parecia que era petista, por ter feito uma indagação de que não gostara.
Nessa segunda-feira, 19, na mesma Rede Clube, Sílvio Mendes disse que a comunidade Mimbó, de Amarante, era usada politicamente pelo governo, e era um povo “indecente”, que tem nada e “miserável”.
A atitude agressiva, discriminatória e arrogante do candidato mereceu uma nota pública de repúdio da comunidade. “Nós somos a comunidade negra quilombola mais antiga do Piauí. Nós temos uma história de resistência pela vida com dignidade, livre de qualquer tipo de preconceito e de projeto político como o seu que ignora a nossa existência. Nós somos uma parte da história desse Estado (…)”, diz um trecho da nota, que ainda destaca que a comunidade é formada por 146 famílias que vivem da agricultura, que trabalha, que estuda do nível básico ao superior, mantando a ancestralidade e a cultura do seu povo.
O candidato de Jair Bolsonaro no Piauí vem caindo vertiginosamente nas pesquisas de intenção de voto para o governo. Se antes tinha liderança folgada na corrida pelo Palácio de Karnak, já foi ultrapassado pelo candidato do PT, Rafael Fonteles, que, conforme as últimas pesquisas, agora é quem lidera a corrida eleitoral, podendo vencer a disputa já no primeiro turno.
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