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Prefeitura gasta anualmente mais de R$ 1 milhão em descarte irregular de lixo

A equipe da Superintendência das Ações Descentralizadas Leste (SAAD Leste) fez um levantamento sobre os transbordos que são os descartes irregulares de lixo, na zona Leste de Teresina.

Segundo Renato Lopes, gerente de serviços urbanos da unidade, anualmente, é gasto o montante de R$ 1.416.000 com a remoção irregular de detritos dos 28 pontos espalhados na região e que poderia ser convertido em outras benesses para a população.

“São podas de árvores, material de construção, móveis velhos e animais mortos que são descartados irregularmente pelos moradores. Essa prática criminosa prejudica o meio ambiente, a saúde pública e até mesmo a economia. De segunda a sábado, fazemos essa remoção do lixo, jogado de qualquer forma em praças, terrenos e demais locais a céu aberto. O lixo descartado inadequadamente custa muito caro aos cofres públicos e poderia servir muito mais ao povo”, analisou Renato Lopes.

Paulo Nunes Cordeiro, gerente de obras e serviços da SAAD Leste, fez uma analogia que o valor utilizado poderia ser revestido em 30 unidades habitacionais para os habitantes locais.

“Se houvesse mais conscientização de todos, poderíamos aplicar esse valor anual, de mais de um milhão, na construção de 30 casas de 50m², por exemplo, amenizando um pouco o déficit de moradia da população mais carente”, disse Paulo Nunes.

O descarte irregular de resíduos é um problema crônico da cidade e grande parte dos munícipes recorre a depósitos inadequados na hora de dar adeus ao lixo que produzem. James Guerra, superintendente da SAAD Leste, orienta a população para que sejam usados os 11 pontos de recolhimento de resíduos (PRR), instalados na região.

“É essencial que os moradores usem o PRR, pois se não houver essa atenção especial ao problema, que é crime ambiental, além de prejudicar o escoamento de água, durante o período chuvoso, entupindo sarjetas, galerias e córregos, pode trazer sérios riscos de contaminação do solo e poluição do ar. O cidadão pode utilizar também os PEVS, que são pontos de entrega voluntária (coletas seletivas), feitos para recolher resíduos, classificados de acordo com sua origem e depositados em contentores indicados por cores. Esses lixos poderiam, inclusive, estar movimentando a economia, sendo transformados em renda para famílias que vivem da reciclagem”, frisou James Guerra.

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