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ONU debate ações para eliminar riscos de áreas contaminadas com minas terrestres

A Semana de Ação contra Minas acontece de 19 a 23 de junho na sede nas Nações Unidas em Genebra, na Suíça. 

A diretora de políticas do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas, Unmas, falou à ONU News sobre o trabalho para eliminar a ameaça representada pelos explosivos em mais de 30 países.

Morte de civis

Abigail Hartley expressou tristeza pelos 27 jovens mortos na última semana na região de Lower Shabelle, no sul da Somália. O grupo foi atingido por artilharia não detonada.

Para ela, o incidente é um lembrete diário da importância de seu trabalho para as pessoas que vivem em áreas minadas e sofrem pressão constantemente, preocupados se serão vítimas de uma tragédia.

Na entrevista, Abigail Hartley questionou: se houvesse minas plantadas em Genebra, as pessoas deixariam seus filhos irem à escola normalmente? 

Assim, ela alerta que em 64 países em todo o mundo, as pessoas seguem suas rotinas sabendo que estão correndo o risco de serem vítimas de uma explosão.

Ucrânia

A representante do Serviço de Ação contra Minas da ONU também compartilhou seu otimismo de que a Ucrânia um dia também estará livre de minas. 

Abigail Hartley alerta que diversas áreas do território ucraniano estão contaminadas com explosivos. 

Com o rompimento da barragem em Kherson, há o risco de que elas tenham sofrido alguma movimentação. Como consequência, áreas antes consideradas seguras podem ser locais de risco.

Tecnologia e presença humana

O chefe de uma ONG suíça especializada na limpeza de áreas contaminadas, Hansjörg Eberle, explicou que as minas têm afetado os produtores agrícolas, que vem buscando formas próprias para limpar suas áreas.

Ele afirma que está atuando com a Organização das Nações Unidades para Alimentação e Agricultura, FAO, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA, para ajudar agricultores ucranianos e garantir a continuidade da safra atual. No entanto, Hansjörg Eberle alerta que o processo pode prejudicar a produtividade do solo.

Por fim, o representante da ONG também destaca que a ação humana e de cães treinados ainda é necessária para encontrar e limpar áreas com minas. Inteligência artificial e o uso de drones vem auxiliando, mas ainda não são capazes de substituir o trabalho dos especialistas no campo.

Fonte: ONU News – Foto: © FSD

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