Geral

OMS na Europa lança projeto para garantir auxílio de saúde de longa duração

A Organização Mundial da Saúde na Europa e a Comissão Europeia lançaram uma parceria para apoiar países da região que trabalham para melhorar os cuidados de longa duração. 

A iniciativa busca melhorar o acesso e a qualidade desses serviços de saúde, ao mesmo tempo em que oferece auxílio importante a cuidadores informais, que desempenham um papel crucial na área.

Propostas de solução passam por maior consciência sobre o abuso de idosos

Pessoas com deficiência e idosos

Na região europeia, 135 milhões de pessoas vivem com deficiências e quase um em cada três idosos não consegue atender suas necessidades básicas de forma independente. 

A OMS ressalta a importância do acesso a cuidados de qualidade, integrados e de longa duração para que a autonomia das pessoas, seus direitos humanos básicos e vida com dignidade.

A prestação integrada de cuidados acontece quando os idosos têm atendimento, de forma abrangente, com serviços como prevenção, tratamento, cuidados de longa duração, reabilitação ou paliativos.

Estes serviços podem ser prestados em estabelecimentos de saúde ou em suas casas e comunidades.

Efeitos da pandemia

A pandemia da Covid-19 expôs as vulnerabilidades dos sistemas de assistência, incluindo serviços inadequados para pacientes que precisam de apoio de longo prazo e a má integração com sistemas de saúde. 

Somente na União Europeia, ocorreram aproximadamente 200 mil mortes, no início da pandemia, entre moradores de asilos de longa permanência.

Embora o acesso a serviços de cuidados prolongados varie por região, os dados disponíveis dos países da União Europeia indicam que apenas um em cada três idosos com necessidades de cuidados acessar esses serviços na comunidade.

Idoso é vacinado contra Covid-19, no Peru
© Unicef/Jose Vilca

 

Idoso é vacinado contra Covid-19, no Peru

Demanda crescente

À medida que a população envelhece, é esperado que a demanda por cuidados de longo prazo aumente. 

Até 2024, a região europeia da OMS terá mais idosos, ou seja, pessoas acima de 65 anos, do que crianças e adolescentes, com cerca de dois em cada três idosos precisando de cuidados e apoio em algum momento.

A nova parceria desenvolverá meios para apoiar os esforços de reforma dos cuidados de longo prazo dos países e ajudar a monitorar o progresso em direção a uma melhor cobertura de serviços, cuidados mais acessíveis e melhor coordenação dos serviços de saúde e cuidados de longo prazo.

Cuidados informais

A maioria dos cuidados na região é prestada informalmente por famílias e comunidades locais. Os cuidadores informais ajudam a preencher as lacunas na cobertura de serviços e a garantir atendimento àqueles que não podem acessar ou pagar pelos serviços de cuidados formais.

A iniciativa da OMS também apoiará esses cuidadores informais, com informações e treinamento liberados para que eles possam cuidar de outras pessoas.

Profissionais de saúde

A OMS lembra que a pandemia ainda colocou uma enorme pressão sobre os profissionais de saúde e cuidadores informais. 

Dois em cada três cuidadores na União Europeia relataram deterioração da saúde mental e física devido à intensificação das responsabilidades de cuidado durante a pandemia.

Por isso, a OMS recomenda que sejam feitos investimentos urgentes para lidar com essa escassez, com foco em treinamento, recrutamento, retenção e proteção da força de trabalho de cuidado de longo prazo.

Além disso, cerca de três em cada quatro cuidadores informais são mulheres, e estima-se que elas representem 80% da força de trabalho formal. 

Fonte: FMS

Related Posts