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Mais de 2.200 mulheres em situação de violência receberam atendimento no CREG em Teresina este ano

Entre janeiro a novembro de 2021 foram realizados 2.274 atendimentos às mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero em Teresina. Os dados foram contabilizados pelo serviço Centro de Referência Esperança Garcia (CREG), que é vinculado à Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (SMPM).

No CREG é feito atendimento às mulheres que vivem em situação de violência na capital. “O CREG é o local de apoio à mulher, onde ela pode encontrar atendimento jurídico, psicológico e social, para que ela consiga sair da situação de violência em que vive. O centro não é um local de denúncia, mas sim de atendimento para que ela saia do ciclo de violência”, afirma a secretária da SMPM, Karla Berger.

Ao longo do ano, foram acompanhadas 350 mulheres, das quais 264 foram inseridas pela primeira vez no serviço. A coordenadora do Creg, Roberta Mara, destaca que durante o ano foram realizadas diversas atividades que publicizaram  através do serviço – principalmente nas zonas rurais e mais afastadas do Centro. Além disso, as campanhas realizadas durante 2021, com enfoque nos meses de março, agosto e novembro provocaram um engajamento da sociedade e da mídia para falar desses temas.

Roberta pontua que o crescimento dos números de atendimentos é um indicativo positivo, uma vez que demonstra mais mulheres rompendo o ciclo de violência. Os atendimentos, que vão desde assistência jurídica, social e psicológica, ofertam Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Pics) e cursos de capacitação profissional, podem ser acessados pelas mulheres durante o seu acompanhamento.

Em janeiro, assim que a nova gestão assumiu a pasta, o serviço apresentou 39 atendimentos, o que pode significar um silêncio das mulheres em situação de violência. Em contrapartida, o mês de novembro apresentou 215 atendimentos, quantidade quase dez vezes mais nos atendimentos.

Mulheres buscam atendimento por serem vitimas de violência. Fotos: Ascom SMPM

Além disso, a pandemia da covid-19 demonstra seus impactos no número de atendimentos. Isso porque, com a flexibilização do isolamento social e acesso aos locais públicos, mais mulheres estão tendo conhecimento e acesso à rede de enfrentamento à violência.

“Constatamos um aumento considerável na procura do atendimento, pois as mulheres em situação de violência, se permitiram buscar ajuda, uma orientação, uma indicação, um atendimento profissional, muito antes de fazerem a denúncia”, frisa Roberta. “O CREG faz parte da rede de atendimento, e por isso acreditamos que as mulheres teresinenses sintam-se mais à vontade de nos procurarem”, reforçou a coordenadora, destacando que o Centro de Referência não atua como lugar de denúncia.

Mulheres participam de cursos de capacitação. Foto: Ascom SMPM

Fonte: SMPM

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