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H5N1 ainda representa baixo risco de saúde pública, mas requer cautela

A Organização Mundial da Saúde, OMS, alertou sobre o risco de infecção pelo vírus da gripe aviária H5N1 em vacas em países fora dos Estados Unidos impulsionado pela migração de aves selvagens.

Na terça-feira, o chefe do Programa Global de Gripe da OMS, Wenqing Zhang, explicou que o vírus é transportado ao redor do mundo pelas aves migratórias, e “certamente existe o risco de vacas de outros países serem infectadas”

Aves e gatos

O representante confirmou a jornalistas, em Genebra, que há disseminação do H5N1 entre aves selvagens nos Estados Unidos e “às vezes são infectadas aves e até gatos que vivem ao ar livre, mas até agora era raro em vacas”.

Zhang reiterou que a agência da ONU considera ainda baixo o risco geral representado pelo vírus para a saúde pública, mas pediu vigilância, especialmente entre os trabalhadores agrícolas.

A mais recente avaliação de risco foi baseada na detecção em gado leiteiro e em uma pessoa. O risco de infecção é tido como baixo a moderado para aqueles que sejam expostos a aves, outros animais infectados ou ambientes contaminados.

Destacando a importância da atenção e ao risco associado num contexto em que o vírus da gripe aviária evolui, ele disse que devem ser monitorizadas e avaliadas de perto a propagação e as alterações do vírus, além de se atualizar medidas de preparação.

Equipamento de proteção 

As recomendações dadas aos países incluem reforçar a vigilância de doenças tanto em animais como em humanos, além de se implementar medidas rigorosas de biossegurança em propriedades agrícolas. A OMS pede ainda garantias que os trabalhadores agrícolas tenham equipamento de proteção necessário.

A agência da ONU alerta ainda sobre a necessidade de melhorar a vigilância em pessoas com potencial exposição ocupacional, incluindo funcionários agrícolas, através da busca ativa de casos e estudos sorológicos.

Em caso de detecção de casos, a recomendação é que sejam alertados os médicos para identificação e acompanhamento sistemático. Aos setores relevantes o pedido é que haja partilha rápida de informações e dados de sequência genética.

Consumo de leite pasteurizado 

Zhang reiterou a antiga recomendação da OMS no sentido de se consumir apenas leite pasteurizado, embora não se acredite que o vírus seja capaz de se espalhar através do produto.

Quando foi solicitado a avaliar a transparência dos EUA sobre o estado do surto, Zhang disse que a agência da ONU recebeu atualizações regulares ao elogiar a decisão de se compartilhar a sequência genética do vírus de forma antecipada.

O especialista disse haver estreita colaboração com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, CDC, a avaliar pelas informações recebidas até o momento.

Fonte: ONU News – Imagem: © Unsplash/Obie Fernandez

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