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Em Dia Internacional, ONU lembra que contaminação por minas afeta 67 países

O Dia Internacional de Conscientização e Assistência Contra Minas 2023 é marcado neste 4 de abril com um alerta.

Pelo menos 67 países ainda sofrem com contaminação desses explosivos. Nações como Camboja, Laos e Vietnã lidam com o problema há décadas.  Novos focos de contaminação incluem Colômbia, Mianmar, Ucrânia e Iêmen.

Falta de mobilidade

O tema deste ano é: “A ação contra as minas não pode esperar”. O destaque da campanha são os impactos nas comunidades marcadas por insegurança, falta de mobilidade e de acesso a terras produtivas.

Em mensagem, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, classificou os artefatos como um “legado aterrorizante” dos conflitos.

Ele disse que mesmo em contextos de paz, não há garantia de segurança quando minas e outros explosivos são colocados a caminho de escolas, hospitais, plantações e rotas de migração.

Guterres afirmou que é preciso agir para acabar com a ameaça desses “dispositivos de morte”. Para ele, a segurança é essencial para a recuperação de comunidades e modos de vida impactados por conflitos.

Parcerias contra armas letais

O Serviço das Nações Unidas de Ação contra Minas, criado  mais de 20 anos, promove parcerias para remover essas armas letais, apoiar autoridades e proteger o acesso a residências, unidades de saúde e educação e campos de cultivo.

O serviço também apoiou a Iniciativa de Grãos do Mar Negro para transporte de alimentos e fertilizantes da Ucrânia e da Rússia.

O chefe da ONU pediu aos Estados-membros que ratifiquem e implementem integralmente a Convenção de Proibição de Minas, a Convenção sobre Munições Explosivas e a Convenção sobre Certas Armas Convencionais.

Crianças são a maioria das vítimas

Desde o final dos anos 90, mais de 55 milhões de minas terrestres foram destruídas e mais de 30 países tornaram-se livres de minas.

Por outro lado, 67 Estados e territórios ainda se encontram contaminados por artefatos explosivos.=

Atualmente, 164 países são signatários do Tratado de Proibição de Minas, que é considerado uma das convenções de desarmamento mais ratificadas até hoje. No entanto, de acordo com o secretário-geral, são necessários esforços globais mais amplos para proteger as pessoas das minas terrestres.

As últimas estimativas mostram que, em 2021, mais de 5,5 mil pessoas perderam a vida ou ficaram feridas devido a minas terrestres. A maior parte das vítimas são civis, a maioria crianças.

Fonte: ONU News/Foto: ONU/Martine Perret

 

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