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Biden exige investigação sobre morte de jornalista palestina

Jerusalém, 15 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, exigiu nesta sexta-feira uma investigação “completa” e “transparente” sobre a morte da jornalista palestina Shireen Abu Akleh e prometeu que o governo americano seguirá insistindo neste assunto.

O chefe de Estado deu as declarações ao lado do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na cidade de Belém, na Cisjordânia, diante de um palanque com três bandeiras palestinas e três bandeiras dos EUA ao fundo.

Biden afirmou que a morte de Akleh, cujo nome não pronunciou corretamente, representa uma “enorme perda” para o trabalho essencial, que é o de “contar ao mundo a história do povo palestino”.

“Os Estados Unidos continuarão insistindo em uma investigação completa e transparente de sua morte. Os Estados Unidos seguirão defendendo a liberdade de imprensa em todo o mundo”, garantiu o presidente.

Enquanto Biden discursava, uma cadeira ficou vazia na sala, com a foto da jornalista e a inscrição em árabe: “A voz da Palestina”.

Vários profissionais de imprensa que cobriam o ato utilizavam camisas da cor preta que continha a frase “Justiça por Shireen”.

A jornalista, que também tinha a nacionalidade americana, morreu em maio deste ano, enquanto cobria uma operação israelense no campo de refugiados de Yenin, na Cisjordânia ocupada.

Tanto a Autoridade Nacional Palestina, como uma série de organizações e a meios de comunicação internacionais culpam o exército de Israel pela morte de Abu Akleh.

O regime de Jerusalém, contudo, contesta a versão.

Um grupo de especialistas dos Estados Unidos realizou investigação própria, mas não chegou a “conclusão definitiva” sobre a origem da bala que atingiu e matou a jornalista.

Washington indicou que, “provavelmente”, foram as forças israelenses que dispararam, mas apontou não ter razões para acreditar que foi um ato intencional, o que gerou revolta entre autoridades palestinas e familiares da repórter da emissora de televisão “Al Jazeera”.

Fonte: EFE

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