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Comércio varejista detém quase metade da receita total da atividade comercial no Piauí

Em 2022, a receita bruta total de revenda e de comissões sobre vendas das empresas comerciais piauienses atingiu R$ 54,2 bilhões, um incremento de R$ 6,37 bilhões a mais (+13,29%) em relação à receita bruta registrada em 2021, que foi de R$ 47,9 bilhões, segundo informações divulgadas pelo IBGE através da Pesquisa Anual de Comércio (PAC).

A pesquisa revela, ainda, que em 2022 o segmento do comércio varejista do Piauí teve uma receita bruta de revenda da ordem de R$ 25,59 bilhões, o que representa 47,2% da receita total do comércio do estado. Na sequência vem o segmento do comércio atacadista, com uma receita bruta de 23,4 bilhões (43,1%), e o comércio de veículos, peças e motocicletas, com uma receita bruta de R$ 5,26 bilhões (9,7%). De uma maneira geral, os demais indicadores socioeconômicos do segmento do comércio varejista piauiense também superaram os dos outros segmentos comerciais, principalmente no que toca à participação em relação ao número de unidades locais em funcionamento das empresas comerciais, onde o comércio varejista tem uma participação de 81,5% daquelas unidades. O comércio varejista detém, ainda, 74,2% de participação no total do pessoal ocupado no comércio, 70,5% do total da massa salarial e outras remunerações pagas, bem como 55,7% da “margem de comercialização” (receita líquida de revenda menos o custo de mercadorias vendidas).

Em 2022, a receita bruta total de revenda do Piauí, de R$ 54,2 bilhões, ficou na 20ª. posição dentre todos os estados, com 0,75% de participação no total da receita bruta de revenda do país, que chegou a R$ 7,23 trilhões. Em relação à região Nordeste, que registrou uma receita bruta de R$ 1,04 trilhão, o Piauí ocupava a 7ª. posição, com 5,2% do total de receita bruta da região, proporção levemente inferior à que detinha dez anos atrás (2013), quando representava 5,3%.

Em 2022, o estado com maior proporção da receita bruta de revenda em relação ao total do país era São Paulo, com R$ 2,06 trilhões, o equivalente a 28,57%, seguido de Minas Gerais, com R$ 726,75 bilhões, que representava 10,04% do total. O estado com a menor participação era o Acre, com R$ 10,55 bilhões, o equivalente a 0,15%.

No Brasil, em 2022, a receita bruta total de revenda foi de R$ 7,23 trilhões e, no tocante à participação dos segmentos do comércio, aquele que mais se destacou foi o comércio varejista, com 48,4% da receita bruta total de revenda, seguido do comércio atacadista, com 42,9%, e do comércio de veículos, peças e motocicletas, com 8,7%. Das 27 unidades da federação, 14 possuíam prevalência no comércio por atacado, enquanto as outras 13 tinham o comércio varejista como a atividade de maior relevância.

Entre 2013 e 2022, algumas unidades da federação alteraram sua prevalência no segmento comercial: Amapá e Bahia alteraram de comércio por atacado para varejista, enquanto Minas Gerais e Rio Grande Sul tiveram um movimento contrário (de varejista para por atacado).

Comércio por atacado é o segmento que melhor remunera trabalhador na atividade comercial no Piauí 

Em 2022, a média salarial paga no comércio piauiense como um todo era de 1,3 salário mínimo, contudo encontramos algumas variações na remuneração de acordo com o segmento comercial. O comércio por atacado era o que melhor remunerava o trabalhador no estado, com 1,6 salário mínimo, 23% acima da média do comércio como um todo. Na sequência vinha o segmento do comércio de veículos, peças e motocicletas, com 1,5 salário mínimo, e, por último, o comércio varejista, com 1,3 salário mínimo. São informações da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) do IBGE.

A média salarial paga no comércio do Piauí em 2022 permaneceu a mesma de 10 anos atrás (2013), com 1,3 salário mínimo. Entretanto, ao analisarmos a média salarial paga por cada segmento do comércio, percebemos que o comércio de veículos, peças e motocicletas foi o único que apresentou queda na média de salário pago aos trabalhadores, tendo passado de 1,9 salário mínimo em 2013, para 1,5 salário mínimo em 2022, uma redução de 21%. Os demais segmentos apresentaram evolução salarial: o comércio por atacado passou de 1,5 salário mínimo em 2013 para 1,6 salário mínimo em 2022, e o comércio varejista passou de 1,2 salário mínimo em 2013, para 1,3 salário mínimo em 2022.

No Brasil, a média de salário pago aos trabalhadores do comércio era de 2 salários mínimos, 54% acima da média salarial praticada no estado do Piauí. O segmento do comércio por atacado era o que melhor remunerava no país, com 2,9 salários mínimos, seguido do comércio de veículos, peças e motocicletas, com 2,3 salários mínimos, e do comércio varejista, com 1,7 salário mínimo.

O comércio piauiense, a despeito da redução no número de unidades locais de comércio que apresentaram receita no período de 2013 a 2022, quando passou de 22.654 unidades para 21.137, com uma redução de 1.517 unidades (-6,71%), apresentou uma redução pequena no quantitativo de pessoas ocupadas na atividade comercial no período, pois em 2013 havia 101.119 pessoas ocupadas e, em 2022, havia 101.106 pessoas na atividade, redução apenas de 13 pessoas, o equivalente a uma queda de 0,001% na ocupação.

Em 2022, a ocupação no comércio piauiense apresentava a seguinte proporção, por segmento: 75.052 pessoas ocupadas no comércio varejista, o equivalente a 74,23%; 15.184 pessoas ocupadas no comércio atacadista, cerca de 15,0%; e 10.870 pessoas ocupadas no comércio de veículos, peças e motocicletas, o que representava 10,77%.

Fonte: IBGE – Imagem: Freepik

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