As forças armadas de Taiwan anunciaram que vão convocar pela primeira vez mulheres para participar dos treinamentos regulares das suas tropas militares da reserva.
O anúncio acontece em meio ao aumento das pressões militares da China sobre a ilha, governada de forma democrática e autônoma em relação ao governo comunista de Pequim.
O Ministério da Defesa disse que 220 mulheres reservistas passarão por treinamento militar no segundo trimestre.
Os militares de Taiwan costumam treinar apenas reservistas do sexo masculino, alegando que as forças armadas não têm capacidade suficiente para acomodar ambos os sexos.
Mas muitos políticos e agentes da sociedade civil criticam essa posição por ser discriminatória.
Taiwan também vai ampliar o período de recrutamento militar obrigatório para todos os homens elegíveis de quatro meses para um ano.
A ilha tem cerca de 170 mil militares em serviço ativo, a maioria voluntários, e outros 120 mil reservistas.
Por outro lado, a China conta com mais de dois milhões de soldados, sendo o maior exército do mundo.
A China aumentou muito as pressões sobre Taiwan desde meados do ano passado, quando a então presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou Taipei, a capital da ilha.
Pequim viu a visita como uma provocação política e aumentou drasticamente os exercícios militares ao redor da ilha –invadindo várias vezes o espaço aéreo de Taiwan com seus jatos militares.
O governo chinês sempre disse que pretende voltar a dominar a ilha, que nunca reconheceu o regime comunista de Pequim desde a revolução chinesa, em 1949.
Pequim recentemente se negou a descartar o uso da força para voltar a controlar a ilha. Mas o governo dos Estados Unidos sempre declararam que defenderão Taiwan em caso de qualquer conflito armado com a China.
*Com informações da CNN Internacional/Imagem: Ann Wang/Reuters
