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Serviço de psicologia ajuda na recuperação de pacientes graves no HGV

Um dos principais papéis da psicologia na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é reconhecer o paciente em sua singularidade buscando trabalhar às fragilidades emocionais tendo como ênfase a humanização. Baseado neste conceito, a equipe de psicologia da UTI do Hospital Getúlio Vargas (HGV) passou a desenvolver um tratamento específico voltado para ampliar as possibilidades de recuperação do paciente G.A.S., de 17 anos. Ele passou por uma cirurgia de retirada de um tumor de Hipófise e, devido à localização, o deixou com sequelas. Foi ai que entrou a participação da equipe multiprofissional na recuperação do paciente.

Para o psicólogo Wanderson Anjos, com um prognóstico desfavorável, a equipe multiprofissional não desistiu e começou a introduzir atividades de estimulação cognitiva ao paciente. “No inicio, ele não respondia muito bem aos comandos. Com mais de dois meses de internação na UTI, ele já começava a dar sinas de cansaço, foi quando tivemos a ideia de introduzir atividades de estimulação cognitiva ao paciente. Com o passar dos dias e do desempenho da equipe, ele começou a dar sinais de melhoras.”, explica o profissional.

Wanderson Anjos ainda ressalta que “com a ajuda da família e a partir de momentos já vivenciados por ele em casa, antes do adoecimento, começamos a trabalhar memórias afetivas e no decorrer do tratamento também, para que ele pudesse ser mais ativo e autônomo no processo. Também começamos a realizar a estimulação cognitiva por meio de jogos, de caça-palavras, inserido atividades para estimular a coordenação motora fina e as demais atividades, como passeios terapêutico, com o intuito de possibilitar um alívio das tensões emocionais provocadas pelo ambiente de UTI e sempre atrelando outros parceiros, como as equipes de fisioterapia, enfermagem, fonoaudiólogos e, principalmente, à família”, relata Wanderson Anjos.

Em parceria com a psicóloga Jakelline Guimarães e da equipe multiprofissional, o psicólogo Wanderson Anjos conta que o paciente começou a surpreender a todos. “Hoje ele consegue fazer suas escolhas, responder as atividades em que é inserido. Nos jogos consegue inclusive ganhar de muitos dos membros da equipe, confirmando que sua cognição está preservada, que afetos estão sendo construídos e que muitos nunca foram perdidos, através das memórias e lembranças quando estimulado por meio de fotos e imagens em um diário”, conta satisfeito o psicólogo.

Fonte: HGV

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