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Rússia anuncia manobras navais em meio a fortes tensões com Ocidente

A Rússia anunciou hoje que fará exercícios navais em janeiro e fevereiro no Atlântico, Ártico, Pacífico e Mediterrâneo, num contexto de fortes tensões com o Ocidente em razão do conflito com a Ucrânia.

Com dezenas de milhares de soldados russos na fronteira ucraniana, crescem os temores de um conflito aberto. Apesar disso, Moscou insiste que não quer invadir a Ucrânia e justifica o deslocamento de tropas pela suposta ameaça representada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Antes das negociações, o país liderado por Vladimir Putin apresentou exigências, incluindo um veto à adesão da Ucrânia à aliança militar transatlântica.

“No total, mais de 140 navios de guerra e de apoio, mais de 60 aviões, mil elementos de equipamento militar e cerca de 10 mil militares vão fazer parte” desses exercícios, informou o ministério da Defesa russo, citado pelas agências de notícia do país.

Além disso, a TASS, agência de notícias russa, informou hoje que as marinhas iraniana, chinesa e russa iniciarão manobras navais conjuntas nas águas do norte do Oceano Índico a partir de amanhã.

“Os exercícios vão praticar várias manobras, nomeadamente, resgatar um navio varrido pelo fogo, libertar uma embarcação capturada e disparar contra alvos. Os exercícios visam reforçar a segurança das rotas marítimas internacionais, combater a pirataria e o terrorismo marítimo e trocar experiências”, informou a agência russa.

EUA ameaça e Rússia reage

O presidente dos EUA, Joe Bidenafirmou ontem que a Rússia pagará um alto preço em caso de invasão da Ucrânia, incluindo um alto custo humano e danos profundos à sua economia.

“Será um desastre para a Rússia”, disse Biden, acrescentando que os russos podem eventualmente prevalecer, mas suas perdas “serão grandes”.

Os Estados Unidos ainda anunciaram uma ajuda adicional de US$ 200 milhões para a Ucrânia, diante da alegada ameaça de uma invasão da Rússia, e deram seu aval aos pedidos dos países bálticos para enviar armas de fabricação norte-americana para a Ucrânia.

Hoje, a Rússia denunciou e classificou os comentários de Joe Biden como “desestabilizadores”, no momento em que o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, busca em Berlim apoio dos europeus contra Moscou.

A reação do Kremlin veio depois que o presidente dos Estados Unidos disse que Moscou pagaria um alto preço se invadisse a Ucrânia, incluindo perda de vidas e duras sanções à sua economia.

Para o Kremlin, essas declarações “podem contribuir para desestabilizar a situação” e “levantar esperanças totalmente falsas” entre algumas autoridades ucranianas, segundo o porta-voz, Dmitri Peskov.

Na capital alemã, Blinken iniciou reuniões com seus colegas da França e Alemanha e com a secretária de Relações Exteriores britânica, antes de negociações cruciais com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em Genebra, na sexta-feira.

Ontem, o secretário de Estado esteve em Kiev para mostrar seu apoio à Ucrânia e instou o presidente russo, Vladimir Putin, a permanecer na “via diplomática e pacífica”.

Mais informações em instantes

*Com informações da AFP

 

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