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Primeiro pedido de Lula aos generais das FA será acabar com atos em quartéis

Correio Braziliense – A remoção dos acampamentos bolsonaristas nas portas dos quartéis pelo Brasil deve ser um dos primeiros pedidos do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), às Forças Armadas, após ser empossado. Segundo informação do jornal Estado de S. Paulo, antes mesmo dos atos de vandalismo em Brasília, na última segunda-feira (12/12), o petista já havia externado para aliados que pretendia agir para encerrar os atos, classificados por ele como um “desrespeito” às próprias Forças Armadas.

A situação na porta dos quartéis seria um dos motivadores de Lula ter antecipado o anúncio de José Múcio Monteiro como futuro ministro da Defesa. Múcio e Lula já escolheram os próximos generais das Forças Armadas e estão tratando com eles planos para encerrar os acampamentos.

Ainda segundo o Estado de S. Paulo, Lula se reuniu com os deputados federais André Janones e Luís Tíbe, ambos do Avante, no último dia 8, e externou que acabar com os atos na porta dos quartéis é uma das prioridades dele em relação às Forças Armadas.

Lula e Múcio já bateram o martelo do comando das Forças, que será anunciado em breve. No Exército assume o general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do Departamento de Engenharia e Construção; na Marinha, o almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, atual comandante de Operações Navais da Marinha; na Aeronáutica, o tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno, atual chefe do estado-maior da Aeronáutica; e como Comandante do Estado-maior das Forças Armadas, o almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, atual chefe do estado-maior da Marinha.

Acampamentos em Brasília

Um dos principais pontos de protesto dos bolsonaristas é em frente ao Quartel General do Exército Brasileiro (QG), no Setor Militar Urbano (SMU) do Distrito Federal. O acampamento está montado desde a semana seguinte à vitória de Lula no segundo turno das eleições.

Na última segunda-feira (12/12), a situação tornou-se extrema após a prisão do cacique Serere Xavante, apoiador de Bolsonaro. Após isso, extremistas bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal na Asa Norte para “resgatar” o preso e provocaram diversos atos de arruaça pela capital federal. Pelo menos oito carros e dois ônibus foram queimados, e os baderneiros ainda entraram em confronto com a Polícia Militar.

No início da madrugada, os extremistas bolsonaristas começaram a se dispersar da área da Diretoria Geral da Polícia Federal na Asa Norte e, segundo flagrante feito pela reportagem do Correiovoltaram para o QG no SMU.

Fonte: Correio Braziliense

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