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Prefeitura oferece para indígenas venezuelanos curso de capacitação sobre educação financeira

O curso de capacitação sobre educação financeira, com indígenas venezuelanos, da etnia Warao, teve início na semana passada, no Centro de Convivência “Saber Viver”, do Bairro Matadouro, zona Norte de Teresina. Ao total, 48 indígenas venezuelanos estão matriculados.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (Semcaspi), da Enactus Estácio Ceut, da Fundação Cajuína e do Teresina Transforma.

Segundo Eliana Lago, secretária da Semcaspi, este curso de capacitação faz parte de um cronograma de ações em prol dos indígenas venezuelanos.

“Estamos realizando, com parceiros e colaboradores, uma série de capacitações envolvendo os venezuelanos para, justamente, incentivar a busca de uma profissão. O projeto que estamos pondo em prática é apresentar as possibilidades de trabalho existentes em nossa cultura, para que eles melhor se adaptem e se integrem na sociedade, fazendo com que tenham independência financeira”, esclareceu a secretária.

De acordo com Richard Reis, vice-presidente da Enactus Estácio Ceut, além do curso de capacitação de educação financeira, vai haver capacitação para que eles aprendam a língua portuguesa.

“Desde o início, a gente buscou conhecer e tem o desejo de respeitar a cultura deles. Para toda a capacitação, haverá um interprete para estar, diretamente, atendendo a gente, fazendo com que possam entender o que está sendo dito. Já que a maioria não fala a língua portuguesa, boa parte fala só o Warao, que é a língua nativa deles, outra parte fala só espanhol e a outra, que é um número bem reduzido, fala português. E também vai ter capacitações para linguagem, para que eles aprendam o Português. Porque sabemos que é importante para eles se socializar, trabalhar e ter a independência”, citou Richard Reis.

Santiago Oliveira, Coordenador do Abrigo Buenos Aires, ressalta que os indígenas venezuelanos que estão matriculados no curso mostraram interesse no que irão aprender e estão receptivos. “Apesar das dificuldades com a linguagem, os indígenas venezuelanos têm apresentado interesse pela capacitação. A gente tem visto isso neles, a vontade de aprender a trabalhar com algo e de participar das dinâmicas. Com estas iniciativas, eles terão o olhar de fora dos abrigos, se adaptando melhor ao convívio de nós, brasileiros”, pontuou.

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