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Prefeitura de Teresina oferece serviços de acolhimento às mulheres em situação de violência

Nesta semana, veio à tona, por meio das redes sociais, o caso de violência de gênero cometido contra a estudante Victoria Soares. A jovem, de 23 anos, foi brutalmente agredida pelo namorado em Teresina. Diante do alerta de violência, a secretária de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM), Karla Berger, ressaltou a importância dos serviços de acolhimento às mulheres em situação de violência oferecidos pela Prefeitura Municipal de Teresina (PMT).

Na capital, o Centro de Referência Esperança Garcia (CREG) atende mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero, residentes em Teresina, com idade de 18 a 59 anos, oferecendo assistência jurídica, social e psicológica, além de ofertar Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e cursos de capacitação profissional.

Karla explica que a maior parte das mulheres agredidas sofrem algum tipo de violência por parte de algum conhecido, principalmente por ex-companheiros ou atuais. Nestes casos, a secretária alerta para a dificuldade em identificar o relacionamento abusivo. A secretária ainda caracteriza que o machismo não atravessa só a violência física e deixa a mulher mais vulnerável ao ciclo de violência.

“O ciclo da violência acontece em três fases: quando as tensões aumentam, o agressor age com humilhações, fazendo com que a mulher tenha medo e angústia. Depois, vem os atos de violência: física, psicológica, sexual, moral e até patrimonial. E por fim, os atos de arrependimento. Quando o agressor pede desculpas e promete mudar. No entanto, esse ciclo se repete, ficando cada vez mais intenso e frequente”, alerta.

De acordo com a secretária Karla, é necessário que a própria mulher em situação de violência, ou pessoas no seu entorno ( como amigos, familiares, colegas de trabalho e vizinhos) se engaje em sensibilizar a vítima para procurar acolhimento, e consequentemente, a denúncia.

O que o CREG oferece?

O CREG é um dos serviços da Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria da Mulher, que busca acolher e resgatar a autoestima de mulheres em situação de violência domiciliar, psicológica, sexual ou de gênero. Além disso, o Centro presta atendimento jurídico, social e psicológico e oferta Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). O serviço é gratuito e sigiloso.

Outro diferencial é que o serviço agrega autonomia financeira e produtiva para as mulheres oferecendo cursos de capacitação profissional, que podem ser acessados pelas mulheres durante o seu acompanhamento.

Como funciona o acesso ao serviço?

O Centro atende mulheres de 18 a 59 anos em situação de violência doméstica, familiar e de gênero com uma equipe multiprofissional. As mulheres podem ser encaminhadas pela rede de enfrentamento a violência contra a mulher ou acessar diretamente o serviço.

O equipamento é seguro, sigiloso e gratuito. “O Creg não é um abrigo, mas sim uma instituição de dar apoio, conselho, do cuidado de recepcionar. Esse acolhimento está numa perspectiva de uma proteção”, pontua a coordenadora do espaço, Roberta Mara, acrescentando que o centro não é um local de denúncia, mas sim de atendimento. “Se fizermos um estudo com as mulheres que estão em atendimento no CREG, não é a violência física que primeiro elas sofrem, mas a violência psicológica”, observa.

Acompanhamento da Guarda Maria da Penha

As mulheres acompanhadas pelo CREG que possuem medida protetiva são acompanhadas pela Guarda Maria da Penha, na qual presta a proteção das mesmas. Em alguns casos, há também o monitoramento do agressor para evitar que a violência volte a acontecer.

Ela reforçou a importância das pessoas poderem ajudar as mulheres em situação de violência e não julgá-las. “As pessoas têm que sensibilizar as mulheres a buscarem os serviços de apoio. Ela tem que ser encorajada e sensibilizada para denunciar”, destaca Roberta.

Onde encontrar o Creg?

O Creg está localizado na rua Benjamin Constant, 2170 – Centro Norte e funciona de Segunda a Sexta, das 08:00 às 17:00h ou através dos telefones: (86) 3233-3798 / 99416-9451, que também é WhatsApp.

Fonte: SMPM

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