Em 10 de agosto de 1823 nascia em Caxias do Maranhão, Antônio Gonçalves Dias, fruto do amor de um português e uma brasileira descendente de índios e negros. O poeta foi homenageado durante uma vasta programação na quinta-feira (10), pela Prefeitura de Caxias, Institutos, Academias, professores, alunos e escritores, tanto no auditório da Prefeitura, quanto em praça pública.
“Uma data tão importante como essa não poderia passar em branco. Eu como secretária de educação, me sinto lisonjeada em poder ajudar a compor essas atividades em homenagem a esse caxiense tão ilustre”, destacou Ana Célia Damasceno, secretária da Semect.
“Nós não poderíamos deixar passar em branco essa data especial para a nossa literatura. Ele foi um escritor completo o Gonçalves Dias. São 200 anos e ele não pode passar despercebido”, disse Miramar Almada Lima, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (MA).
“Poeta, Dramaturgo, denunciou a escravidão, foi professor e um dos maiores nomes da nossa literatura”, disse Joseane Maia, escritora, sobre Gonçalves Dias.
“Estamos aqui representando o Prefeito de Caxias, nessas homenagens justas ao nosso poeta romancista brasileiro, fizemos uma programação especial para fortalecer seu legado”, disse Leonardo Barata, secretário de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico.
Antônio Gonçalves Dias além de poeta, foi secretário de negócios estrangeiros, professor, jornalista, teatrólogo, escritor e acima de tudo um apaixonado pelo Brasil. Ele dizia ter orgulho de suas origens como destacou Ana Miranda, escritora.
“Eu costumo dizer que eu não convivi com o poeta, eu convivo com ele, através de suas palavras, pensamentos, eternizados nos versos de seus escritas, sou uma admiradora de um ser que viveu aqui na terra, que teve uma passagem tão rápida, mas conseguiu deixar sua marca”, destacou.
Antes da Palestra Magna, Chico Beleza e Tory se apresentaram, com homenagens a Gonçalves Dias e logo em seguida, Ana Miranda, escritora e romancista cearense, que ministrou a palestra – Gonçalves Dias, uma paixão. Antônio Gonçalves Dias foi escritor, professor, servidor público, jornalista, com contribuições na música, no teatro e na literatura que o levaram a ser considerado o Pai do Romantismo Brasileiro.
Logo depois da palestra, o encerramento das homenagens a Gonçalves Dias, seguiu para a Rua Fause Simão pela Academia Caxiense de Letras, que descerrou uma placa em homenagem ao poeta, destacando que naquele local, Gonçalves Dias morou. O jovem Felipe Ariosto, declamou Canção do Exílio de Gonçalves Dias em homenagem ao Poeta. A construção antiga não existe mais, no lugar hoje existe um imóvel que é da família do secretário municipal de limpeza pública, Fause Simão.
“Eu não apenas gosto, como amo a poesia. É um ato que você se sente libertado por dentro. A minha vó me ensinou a gostar de Poesia, mas eu quero agradecer ao Wibson Carvalho”, disse Felipe Ariosto, estudante.
“200 anos do poeta Gonçalves Dias, e você sabe que genialidade não prescreve. Gonçalves Dias foi um gênio. A gente busca passar pelas gerações essa sequência que vem aí na frente e a importância de Gonçalves Dias para a nossa literatura”, disse Renato Menezes, membro da Academia Caxiense de Letras (ACL).
“Me sinto feliz e honrado em saber que morei no local onde morou também o poeta, nós vamos preservar essa memória para que as futuras gerações não esqueçam disso”, disse Fause Simão, secretário municipal de Limpeza Pública.
Os integrantes do Grupo Abraçarte Caxias (MA), saíram em Serenata até a Praça Gonçalves Dias, onde realizaram o Recital e Musical intitulado ‘Dias de Poesias’, uma homenagem aos 200 anos de Antônio Gonçalves Dias com declamações de poesias do poeta homenageado.
“Gonçalves Dias é o nome que une Caxias. Ele é um arquétipo, um símbolo da nossa cultura. Nesses 17 anos de homenagens que fazemos ao Gonçalves Dias, temos que ter esse exemplo de paixão e vida para as pessoas. Estamos muito felizes por estarmos cumprindo ao que nos comprometemos nos ensaios”, disse Gilvaldo Quizeiro, professor, escritor e diretor teatral.
“Que bom seria se todo caxiense pudesse dá valor ao conterrâneo. Eu estou fazendo minha parte, aqui prestigiando as apresentações e estou gostando muito, é uma terapia depois de um dia corrido”, relatou Maria Aparecida, dona de casa.
Gonçalves Dias morreu aos 41 anos em um naufrágio na costa do Maranhão. Seu corpo nunca foi encontrado e suas obras nunca foram esquecidas. Para o público presente, lembrar de Gonçalves Dias é valorizar a memória caxiense, que ganha repercussão na alma de quem deseja continuar o legado deixado pelo maior poeta do Romantismo Brasileiro e a sua literatura transcende o tempo, está viva e segue influenciando gerações.
“Cada apresentação é algo novo. Eu participo desde2017 e estamos aqui. Gonçalves Dias, quando falamos dele, falamos de amor”, disse Gardênia, atriz.
“Ele é o poeta do amor, educador, que nos ensina a viver o amor e a vida de forma leve e comprometida com a mudança”, disse Deusimar Serra, professora. de Saúde.
Fonte: Prefeitura de Caxias
