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OMS nas Américas diz que Brasil e México têm bons exemplos de combate à dengue

A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, destacou experiências do Brasil e do México pela sua “importância na adoção de uma gestão integrada do controle da dengue” na região. A Organização Mundial da Saúde, OMS, alerta para “a alta dramática da incidência em todo o mundo nas últimas décadas”.

As declarações foram feitas pelo especialista Giovanini Coelho no webinar “Gerenciando a Dengue: uma epidemia em rápida expansão”. Seis peritos internacionais tiveram apresentações no evento ocorrido nesta quarta-feira.

Saúde Pública 

Os avanços no caso brasileiro vêm ocorrendo apesar da complexidade do sistema de saúde, de acordo com Giovanini Coelho, que é membro da equipe de Entomologia em Saúde Pública da Opas.

Ele disse que o país tem sido capaz, sob a gestão do Ministério da Saúde, de desenvolver mensagens-chaves e campanhas de mobilização, que chegam a diversos níveis de sistema de saúde, nomeadamente o estadual e municipal. Ele apontou ainda a atuação em intervenções e mensagens para públicos distintos.

Na realidade mexicana, a região de Mérida se evidencia pela articulação entre comunidades e autoridades. A parceria criou a estratégia de reciclagem para o bem-estar que teve alto impacto na redução dos índices do vetor da doença, o mosquito aedes aegypti.

Para garantir maior participação comunitária, a Opas recomenda o reforço de programas nacionais para que a informação produzida seja clara e baseada em evidências de estudos sobre a doença, que não tem tratamento específico.

A detecção precoce e o acesso a cuidados médicos adequados reduzem em grande parte as taxas de mortalidade nos estágios mais graves.

A mudança climática é um dos fatores de risco que impulsionam o aumento de certas infecções
Unicef/Alfredo Zuniga

 

A mudança climática é um dos fatores de risco que impulsionam o aumento de certas infecções

Ação de famílias e indivíduos 

A Opas pede ainda que se reforcem as iniciativas locais para que tenham uma melhor estruturação e organização. Um dos pontos essenciais é ter famílias e indivíduos atuando para a sustentabilidade das intervenções. 

Até 15 de julho, mais de 3 milhões de casos foram registrados nas Américas. A situação vem sendo acompanhada pela Opas em coordenação com os países no sentido de melhor se lidar com o surto.

Além das Américas, a doença é endêmica na África, no Mediterrâneo Oriental, no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental. Estima-se que mais de 100 países registrem casos. 

A preocupação é com o alastramento para novas áreas, incluindo a Europa, e surtos. Cerca de metade da população mundial está agora em risco e estima-se que entre 100 milhões a 400 milhões de infecções ocorrem a cada ano.

Embora muitas infecções sejam assintomáticas ou produzam apenas sintomas leves, os casos mais graves podem levar à até a morte. A prevenção e o controle da dengue dependem do controle do vetor. 

Fonte: ONU News – Foto: Unsplash/Shardar Tarikul Islam

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