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O ano de resgate das políticas públicas da área social

terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República nem havia começado, mas já se apresentava um grande desafio diante do grupo que comandava o Governo de Transição. O orçamento previsto para 2023 não era suficiente para o pagamento e a gestão do programa de transferência de renda do Governo Federal.

A recomposição orçamentária e a garantia dos benefícios sociais tornaram-se possíveis graças ao trabalho de negociação com o Congresso Nacional. O resultado foi a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2022, assegurando, entre outros ganhos sociais, o mínimo de R$ 600 no Bolsa Família e o pagamento de 100% do valor do botijão de cozinha pelo Auxílio Gás.

Já em seu discurso de posse, em 1º de janeiro, o presidente Lula destacava a principal missão no novo mandato: tirar novamente o Brasil do mapa da fome. Em outras palavras, garantir a cada brasileira e a cada brasileiro as três refeições, os direitos sociais, a possibilidade de ter trabalho digno e qualidade de vida com sua família.

Estava dada a senha para a tarefa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS): 2023 tinha que ser o ano de resgate da área social, com a inclusão de quem mais precisa do apoio do governo.

Os 12 primeiros meses seriam de recuperação de programas históricos deixados para trás: Bolsa Família, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Cisternas. Havia urgência na reconstrução do Cadastro Único, porta de entrada dos programas sociais, na volta à ativa dos conselhos nacionais de assistência social e de segurança alimentar e nutricional. Em última instância: proteger a população brasileira da pobreza, garantir uma vida digna.

Membro do Conselho Político do Governo de Transição, Wellington Dias assumiu o comando do MDS com coordenadas bem definidas no radar. O marco inicial veio em 2 de março, com o relançamento do Programa Bolsa Família.

Foram resgatados pilares do programa de transferência de renda que completaria, em outubro, duas décadas de existência: o conceito original de família, levando em conta o tamanho e as características de cada uma delas; os benefícios complementares para crianças, jovens, gestantes e nutrizes; o estímulo à inserção no mercado de trabalho e ao empreendedorismo; a retomada do acompanhamento do histórico escolar e de vacinação das crianças.

Na esteira dessa conquista, alinharam-se políticas públicas planejadas para chegar à ponta, alcançando as famílias que mais precisam. Para isso, a integração de vários ministérios, a intersetorialidade e as parcerias com a iniciativa privada e o terceiro setor tomaram forma.

O Plano Brasil Sem Fome, lançado em 31 de agosto, simboliza bem essa evolução das políticas públicas. São 80 ações e programas, com mais de 100 metas propostas pelos 24 ministérios que compõem a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan). Objetivo principal: tirar, até 2030, o país novamente do mapa da fome.

Duas pesquisas divulgadas em dezembro mostram como a população brasileira valoriza os investimentos sociais. Levantamento feito pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec) apontou que o trabalho de combate à fome e à pobreza é a área de maior destaque do governo Lula, com 30% das respostas positivas. Na sequência aparecem a educação (20%) e a saúde (14%).

Já o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) procurou saber quais os programas mais importantes para a economia brasileira. O Bolsa Família aparece na liderança de uma lista de 12 ações elencadas: 26%. Em seguida vem o Plano Real, com 23%.

Assessoria de Comunicação – MDS

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