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No Haiti, Guterres pede à comunidade internacional que apoie força para assistir polícia do país

O líder da ONU, António Guterres, chegou ao Haiti neste sábado para uma visita oficial. Em sua conta numa rede social, ele afirma que está no país caribenho para levar solidariedade ao povo haitiano que enfrenta crises na áreas política, humanitária e de segurança.

O secretário-geral também pediu à comunidade internacional que apoie a formação do que ele chamou de uma “força internacional robusta” para assistir a Polícia Nacional Haitiana.

Violência agrava sofrimento

Durante esta visita, Guterres deve se encontrar com o primeiro-ministro do país, Ariel Henry, e deve também conversar com líderes de vários partidos políticos, do Alto Conselho Transicional, membros da sociedade civil e com funcionários da ONU.

Guterres ressalta a necessidade para um caminho político inclusivo, liderado pelo Haiti, rumo a eleições e ao retorno à ordem constitucional do país.

A ilha caribenha está enfrentando uma alta em casos de criminalidade e violência provocadas por gangues armadas e facções, que operam especialmente na capital do país Porto Príncipe.

A viagem de Guterres ocorre após as visitas da diretora-executiva do Unicef, Catherine Russell ao Haiti, e da nova chefe do Programa Mundial de Alimentos, Cindy McCain.

Crianças sob risco

Ainda esta semana, o especialista independente sobre a situação no país caribenho expôs como a violência agrava a miséria, o medo e o sofrimento. Para William O’Neill, a realidade haitiana requer urgência por estar “em jogo a sobrevivência de uma nação inteira”.

A urgência da assistência internacional ao Haiti foi debatida também no Conselho Econômico e Social da ONU, Ecosoc, em meados de junho.

Cerca de 5,2 milhões de pessoas no país, o que equivale a quase metade da população, precisam de ajuda humanitária para sobreviver. 

O Unicef afirma que o número de crianças sofrendo de subnutrição com risco de morte subiu para 30%.

Para António Guterres, esse não é o momento de se esquecer do Haiti.

Fonte: ONU News

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