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Na ONU, Guiné-Bissau defende papel mais forte da África no equilíbrio mundial

O presidente de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, assumiu a tribuna da Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira para defender reformas que contribuam com um papel mais relevante da África no equilíbrio mundial.

O chefe de Estado guineense enfatizou problemas comuns como impactos das mudanças climáticas e retrocessos nas democracias e defendeu o fortalecimento dos espaços multilaterais. 

Instrumento indispensável

“Para a Guiné-Bissau, a melhor resposta aos desafios com os quais a comunidade 

internacional está confrontada, passa pelo reforço do multilateralismo e da cooperação internacional. Para nós o multilateralismo é um instrumento indispensável e um imperativo moral, se, queremos construir juntos um mundo solidário de paz e bem-estar para todos.”

O líder da Guiné-Bissau pediu por ações concertadas para a realização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS.

Nesse sentido, ele lembrou que é preciso “cumprir os acordos de Paris e da COP27, incluindo o fundo de perda e danos”. A medida beneficiaria os países vulneráveis, particularmente o grupo de nações insulares, do qual a Guiné-Bissau faz parte.

Papel da África no equilíbrio mundial

Sissoco Embaló disse ainda que é preciso introduzir “as mudanças necessárias na arquitetura da paz, da segurança internacional e no sistema financeiro mundial”, para que seja possível estar à altura dos desafios atuais. 

“A reforma do Conselho de Segurança, de que há muito se considera como necessária, deverá tomar em conta a posição da União Africana, a fim de garantir uma representação realista e mais justa, em adequação com o papel cada vez mais preponderante da África na construção e manutenção do equilíbrio do mundo.”

O presidente de Guiné-Bissau realçou a preocupação do país “perante o ressurgimento de golpes de estado e o retrocesso da democracia e do Estado de Direito em alguns países da sub-região.”

Luta contra a malária

Sobre o tema da saúde, ele afirmou que ocupa o cargo de presidente da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária e destacou a prioridade da luta contra a doença em África. 

Segundo o chefe de Estado guineense, graças aos esforços acumulados da iniciativa, “mais de 1,5 bilhão de casos de malária foram evitados e 10,5 milhões de vidas foram salvas em África desde o ano 2000.”

Ele pediu ação da comunidade internacional para alcançar as metas globais de acabar com as epidemias de malária e atingir a cobertura universal de saúde até 2030. 

Por fim, Sissoco Embaló reiterou o engajamento de Guiné-Bissau em “continuar a trabalhar com a ONU e a cooperar com todos os governos” em prol da paz e do desenvolvimento no mundo, bem como da proteção do planeta.

Fonte: ONU News – Imagem: ONU/Cia Pak

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