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Mundo presta tributo a africanos escravizados e seus descendentes

As Nações Unidas fazem um apelo pela rejeição do legado de atos contra a humanidade ao marcarem o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravatura e do Comércio Transatlântico de Escravos, neste 25 de março.

Um evento solene na Assembleia Geral juntará dezenas de participantes, incluindo altos funcionários da ONU, acadêmicos e a palestrante jovem Yolanda Renee King. Ela é autora e neta do falecido líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.

Gerações de exclusão e discriminação

Guterres menciona o acúmulo de fortunas por “muitos dos que organizaram e dirigiram o comércio transatlântico de escravos”. Nessa realidade, “os escravizados foram privados de educação, saúde, oportunidades e prosperidade.”

O chefe da ONU pede ainda que seja dado espaço e condições necessárias para a cura, formas de indenização e justiça. Ele mobiliza todos a atuar por um mundo livre de racismo, discriminação, intolerância e ódio.

Guterres sublinha que os africanos escravizados lutaram pela sua liberdade durante 400 anos, enquanto as potências coloniais e outras cometiam “crimes horríveis”. 

A mensagem enfatiza o tributo a milhões de africanos traficados e escravizados, mencionando vidas “governadas pelo terror, ao enfrentarem violações, flagelações, linchamentos e outras atrocidades e humilhações”.

Sistema de discriminação violenta

Guterres menciona o acúmulo de fortunas por “muitos dos que organizaram e dirigiram o comércio transatlântico de escravos”. Nessa realidade, os “os escravizados foram privados de educação, saúde, oportunidades e prosperidade.”

Esta situação cimentou as “bases para um sistema de discriminação violenta baseado na supremacia branca que ainda hoje ecoa”. Para Guterres, no cenário atual “descendentes de africanos escravizados e os afrodescendentes ainda lutam pela igualdade de direitos e liberdades em todo o mundo”.

Na mensagem, Guterres salienta o seu pedido para que durante o momento de lembrança das vítimas do comércio transatlântico de escravos haja união pelos direitos humanos, pela dignidade e pelas oportunidades para todos.

Na sede da organização, duas exposições ilustram o tema em eventos que estão em conexão com  cerimônias e atividades realizadas em escritórios da ONU em todo o mundo.

Fonte: ONU News – Imagem: ONU/Eileen Travers

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