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Jovens pedem que líderes priorizem luta contra discriminação e apoio à educação

O papel dos jovens e da sociedade civil foram destaques no Fim de Semana de Ação para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, participou no sábado da sessão “Melhorando a incidência, o financiamento e a responsabilização: mensagens-chave da sociedade civil”.

Mudança de poder

Guterres afirmou que a ONU é uma organização intergovenamental, “mas é para o benefício geral que a voz da sociedade civil não apenas seja ouvida, mas também seja uma voz que participa na forma como as decisões são tomadas.”

Segundo o líder das Nações Unidas, essa é “a mudança de poder mais importante que precisa ser alcançada.”

A ONU News conversou com jovens do Brasil e de Moçambique, que participaram na sessão sobre engajamento efetivo dos jovens na Agenda 2030, organizada pelo Escritório do Enviado Especial da Juventude das Nações Unidas. 

A ativista brasileira Luísa Franco Machado faz parte do grupo de 17 Jovens Líderes para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Ela participa de diversos eventos na semana de Alto Nível das Assembleia Geral e compartilhou suas expectativas.

Sementes de esperança

“Vir nesses espaços é uma semente de esperança para que a gente possa criar um diálogo que seja global ou nacional sobre como a gente pode vencer as discriminações e chegar a um mundo igualitário para todos.”

Luísa disse que já atingiu 10 milhões de pessoas com conteúdo sobre direitos digitais, feminismo e justiça social, tanto online como offline. 

No entanto, ela afirmou que “ser ativista no Brasil hoje é perigoso”, especialmente aqueles que lutam contra a discriminação por gênero, sexualidade ou raça. 

A ativista considera que está na hora dos líderes globais tocarem em “temas que ainda são tabus na sociedade, mas que afetam a vida de muita gente, como por exemplos direitos Lgbtqia+.”

Apoio intensivo à educação

Já o moçambicano Weiss Tiago integra o grupo de Jovens Defensores da Unicef. Ele destacou como mensagem a necessidade de apoio intensivo à educação. 

“Venho aqui partilhar essa experiência e quem sabe influenciar e incentivar os vários líderes mundiais, não só líderes de negócios, a investir sempre 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano na educação para que os problemas de hoje não encontremos amanhã.” 

Weiss lembrou que Moçambique tem sido assolado por mudanças climáticas, que resultaram na destruição de várias infraestruturas.

O jovem defende iniciativas que reduzam o déficit de acesso à educação, tornando-a mais inclusiva e qualificada. 

Para os chefes de Estado que se reúnem na ONU, Weiss deixou como recado a afirmação de que “é preciso agir hoje para não reclamar amanhã.” 

Fonte: ONU News – Imagem: ONU/Mark Garten

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