O deputado estadual Francisco Limma (PT) afirmou, em recente entrevista, que uma de suas pautas de trabalho para a próxima legislatura na Assembleia Legislativa do Estado (Alepi) continuará sendo a defesa do desenvolvimento da agricultura familiar, modalidade que corresponde a 77% dos estabelecimentos agrícolas, segundo o último Censo Agropecuário realizado no Brasil, no ano de 2017.
A gestão da propriedade, na agricultura familiar, é compartilhada pelas famílias e a atividade produtiva é a principal fonte geradora de renda. Ela é constituída de diversos grupos, como os pequenos produtores rurais, comunidades tradicionais, assentados da reforma agrária, silvicultores, aquicultores e pescadores.
Francisco Limma diz que investimentos em sustentabilidade e tecnologia podem ajudar a reduzir os custos do governo estadual com subsídios destinados à modalidade de agricultura. “Apresentei uma emenda ao orçamento que pode reduzir os custos para a irrigação e para a piscicultura. O governo faria um investimento na área das energias renováveis para promover um subsídio diretamente na geração de energia. Hoje há um subsídio financeiro na conta de energia”, explica.
O deputado destaca ainda a importância dos subsídios do Poder Executivo para o desenvolvimento do modelo. “Esse caminho da modernização tecnológica e do apoio à irrigação e à piscicultura é um caminho para desonerar o custo que o Estado tem com subsídios. Não se produz na agricultura familiar se não houver algum tipo de aporte”.
O Censo Agropecuário revela ainda que, em extensão de área, a agricultura familiar ocupava no período da pesquisa mais de 80 milhões de hectares, o que representa 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários do país.
Para o parlamentar, é necessário haver investimentos que agreguem valor à produção dos grupos que integram a agricultura familiar. “Também é importante o desenvolvimento de uma agroindústria de pequeno porte que ajude a agregar valor, a melhorar a vida útil dos produtos e principalmente a gerar mais renda para a agricultura familiar. O que o Estado precisa é garantir infraestrutura para o incentivo à agroindústria”, analisa.
PROPOSTAS PARA 2023 – Em relação ao próximo ano, o parlamentar afirma que também concentrará esforços nos trabalhos ligados à inclusão social. “Manteremos a mesma linha de defesa dos mais pobres com a busca da sustentabilidade ambiental e da inclusão econômica. Há muita esperança das pessoas em razão do novo governo eleito e da nova equipe composta de pessoas que têm perfil mais técnico”, diz.
Limma reforçou ainda que esse tema já faz parte da sua atuação na Alepi. “Em 2022, apresentamos vários projetos de lei e requerimentos com essa perspectiva de trabalhar o maior desenvolvimento do Estado com maior inclusão social e sustentabilidade”, relembra.
Fonte: Alepi
