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Escola Agrícola aprova projeto para organização das quebradeiras de coco babaçu de São Pedro do Piauí

A riqueza do babaçu vem transformando economicamente a vida das mulheres da zona rural do município de São Pedro do Piauí. As quebradeiras de coco da Associação de Moradores das comunidades Brejo, Ferreira, Deserto e Pequi, no município piauiense, irão receber capacitação de gestão do edital PPP-ECOS (Paisagens Produtivas Ecossociais), do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
As capacitações, oficinas e minicursos serão voltados para o aprimoramento e melhor aproveitamento dos subprodutos do babaçu, por meio da produção de bolos, azeites, óleos, carvão, farinha do mesocarpo e artesanato.
Cerca de 60 mulheres das comunidades receberão os minicursos ofertados nas quatro comunidades do município, mediados pelos professores da Escola Família Agrícola de São Pedro do Piauí, com o apoio técnico da equipe gestora.
No início do mês de agosto, o gestor da EFA, Thalisson Rafael; e o coordenador de Eixo, João Paulo Barbosa, estiveram em Brasília para participar de oficinas sobre a gestão e prestação de contas dos recursos obtidos com o projeto.
“Para a execução do projeto intitulado ‘Organização das Quebradeiras de Coco Babaçu do Município de São Pedro’ serão investidos R$ 37 mil, financiados pela União Europeia em parceria com o ISPN. O recurso é destinado à execução de oficinas e minicursos de gestão, planejamento, associativismo e produção, nas comunidades Brejo, Ferreira, Deserto e Pequi, zona rural do município”, detalhou Thalisson Rafael.
De acordo com o diretor, a EFA São Pedro do Piauí sempre esteve presente nas comunidades beneficiadas com o projeto desde sua fundação. “Temos alunos dessas comunidades cursando o Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária, além da formação continuada promovida pela escola e parceiros para esses alunos”.
O coordenador de Eixo, João Paulo Barbosa, explica que a escola busca desenvolver ações que gerem impactos ambientais positivos, combinados com uso sustentável da biodiversidade. Ele acredita que o projeto irá apoiar as comunidades por meio da capacitação das mulheres quebradeiras de coco babaçu, dando-lhes a oportunidade de agregar valor aos seus produtos e, consequentemente, melhorando sua renda. “O projeto, com as capacitações, também ajuda a conscientizá-las sobre a importância da preservação das árvores do nosso cerrado, como o babaçu, pequi, buriti e outras espécies”.
“As comunidades têm buscado nossa escola, pois muitos desses alunos moram distante e a EFA facilita dando suporte. Aqui, o aluno do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Agropecuária passa 15 dias em regime de internato, por meio do sistema de Alternância, e encontra na escola dormitórios e cinco refeições diárias (café, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar). A maioria desses alunos trabalha nas suas comunidades com agricultura familiar e podem executar em sua comunidade o que vem aprendendo com o curso técnico”, diz Thalisson.
Fonte: CCom

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