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Dia Internacional reflete consequências da escravidão

Neste 23 de agosto, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, marca o Dia Internacional para a Memória do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

A data lembra o levante de 1791 em São Domingos, hoje República do Haiti, que teve um papel crucial na abolição do tráfico transatlântico de escravos. A celebração tem o objetivo de refletir sobre as consequências do tráfico de escravos.

Celebração

Com o projeto intercultural “As Rotas dos Povos Escravizados”, lançado em 1994, a agência da ONU busca contribuir para a produção de conhecimento, desenvolvimento de redes científicas de alto nível e o apoio a iniciativas de memória sobre o tema escravidão, sua abolição e a resistência que gerou.

O dia internacional foi celebrado pela primeira vez em vários países, em particular no Haiti, em 23 de agosto de 1998 e na ilha de Gorée no Senegal, em 23 de agosto de 1999.

Hoje, segundo a Unesco, a ação contribui para “desracializar” e “descolonizar” o imaginário, desconstruindo os discursos baseados no conceito de raça que justificavam esses sistemas de exploração.

Nações Unidas

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou em março, para o Dia Internacional em Memória das Vítimas da Escravidão e do Comércio Transatlântico de Escravos, que a educação tem um papel fundamental para quebrar o ciclo do racismo.

O chefe da ONU destacou que o legado do comércio transatlântico deixa sua marca até hoje. Ele avalia que existe uma conexão dos séculos de exploração colonial com as desigualdades sociais e económicas atuais.

Guterres defende que cabe a todos combater a herança de racismo da escravidão. 

O secretário-geral afirma que ao ensinar a história da escravatura, protegemos contra os impulsos mais cruéis da humanidade. E, ao estudar os pressupostos e crenças que permitiram que a prática florescesse durante séculos, o racismo é desmascarado.

ONU News – Imagem: © UNICEF/Jim Holmes

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