Mais de dois anos após ter fechado suas fronteiras para se proteger da Covid-19, a Nova Zelândia voltou a receber turistas e estudantes estrangeiros hoje. O fim das restrições é comemorado pelos setores do turismo e da educação, essenciais para a economia do país.
O clima no aeroporto de Wellington era de festa durante a recepção dos primeiros turistas de volta à Nova Zelândia. O fim das rígidas restrições chegou três meses antes do previsto: um verdadeiro alívio para um casal que estava separado desde o início da pandemia.
“É inacreditável! Fazia muito tempo que estávamos esperando por esse momento!”, diz a mulher, entrevistada pela RFI. O namorado dela completa: “Há dois anos nos perguntávamos quando poderíamos nos reencontrar. Não sabíamos nem mais se isso poderia ocorrer”.
Os profissionais do turimos também comemoram a reabertura das fronteiras. O presidente da Associação dos Cruzeiros da Nova Zelândia, Kevin O’Sullivan, não esconde sua emoção. “A última vez que vimos um navio de cruzeiro atracar aqui foi em março de 2020. O primeiro chegará aqui na próxima semana, em 12 de agosto, então estamos muito felizes!”, festeja.
No entanto, os prejuízos castigam o setor. “Lucrávamos entre 300 e 400 milhões [de dólares neozelandeses] por ano. É uma perda de mais de 800 milhões à economia do país”, aponta Kevin O’Sullivan.
Aumento das contaminações por Covid-19
Entre os turistas, chegam também os primeiros estudantes estrangeiros, a maioria deles asiáticos, que vêm estudar em universidades neozelandesas. A atividade representa quase 5 bilhões de dólares neozelandeses por ano (equivalente a quase R$ 16 bilhões).
Embora a reabertura das fronteiras fosse muito esperada, a população teme um aumento das contaminações de Covid-19. Para entrar no país, um certificado de vacinação anticovid ou de isenção do imunizante ainda é exigido.
A Nova Zelândia determinou uma das políticas mais rígidas contra a propagação da Covid-19. Além do fechamento das fronteiras, lockdowns severos foram decretados a cada vez que contágios locais eram registrados.
Isso permitiu ao país ter um número de mortes extremamente baixo comparado a outras nações: cerca de 1.500 em quase dois anos e meio. No entanto, no último mês de julho, mais de 400 pessoas morreram pela doença no país – um recorde desde o início da pandemia.
* Com informações do correspondente da RFI Richard Tindiller
Fonte: RFI