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ClimaTHE24: financiamento ainda é desafio para cidades se adaptarem à crise climática

Os eventos climáticos extremos tornam-se cada vez mais comuns nas cidades brasileiras. Chuvas e calor intenso tem causado mortes e um dos maiores desafio dos gestores públicos é financiar as obras necessárias para que as cidades se adaptem a essa nova realidade. Esse panorama foi tema do debate da tarde desta segunda-feira (27), no primeiro dia de ClimaTHE24 – 2ª Conferência do Clima de Teresina.

Instituições financeiras, como o BNDES e BNB, e gestores públicos estiveram frente a frente debatendo os modelos de acesso às fontes e medidas que podem facilitar o atendimento das necessidades das políticas públicas.

Um case de sucesso abordado na discussão foi o Programa Lagoas do Norte, executado pela Prefeitura de Teresina em parceria com o Banco Mundial. As diretoras da instituição, Viviane Virgolim e Marie-Laure Laiaunie, enviaram vídeo que foi exibido no evento, explicitando o sucesso do empreendimento.

Muito antes do Brasil discutir os impactos das mudanças climáticas nas gestões públicas, o Programa Lagoas do Norte já efetivava o investimento em adaptação. Ele foi a primeira grande experiência que a cidade de Teresina realizou com intervenções multissetoriais integradas.

Com financiamento do Banco Mundial, a Prefeitura de Teresina fez os estudos sobre os impactos das águas dos rios Parnaíba e Poti e das lagoas que banham a zona norte. As águas, que antes causavam enchentes e alagamentos, foram disciplinadas através de canais, desobstrução das margens das lagoas, instalação de comportas e diversas ações junto à população.

Ao todo, o programa teve 14 anos de atuação e tornou-se referência no mundo quando ainda as gestões municipais não tratavam de drenagem, saneamento e educação ambiental de forma planejada e integrada. “Toda essa experiência transformou Teresina em um case de sucesso no mundo. Por isso é que a capital piauiense conseguiu se planejar e sair na frente em diversas iniciativas em face à crise climática. Teresina tem seu Plano de Ação Climática, o Plano de Arborização Urbana e, a partir deles, tem avançado na política de adaptação, especialmente na rearborização, justiça climática, primeira infância e nas parcerias com instituições de renome internacional, como o UNFPA/ONU”, afirma Leonardo Madeira, coordenador da Agenda Teresina 2030.

Fonte: Semplan

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