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Chefe da agência de migração da ONU pede apoio contínuo para sírios e turcos após terremotos

O chefe a Organização Internacional para Migrações, OIM, esteve em Antáquia, Turquia, neste sábado e pediu à comunidade internacional que “reforce seus esforços” para garantir que a ajuda chegue aos milhões afetados pelos terremotos do mês passado.

Nas ruínas da histórica da cidade turca, António Vitorino relatou ter encontrado pessoas com “o passado dizimado, o presente cheio de sofrimento e o futuro incerto”. Em visita de dois dias à Turquia, ele também se encontrou com altos funcionários do governo.

Esforços de longo prazo

Vitorino afirmou ter ficado “maravilhado” com as equipes da OIM e seus parceiros que começaram o trabalho de resposta poucas horas após o terremoto, apesar de também terem sido afetados.

Após a emergência, ele destacou que agora serão necessários os esforços de longo prazo, mantendo a solidariedade e ação com os turcos enquanto eles reconstroem e “criam um novo futuro para os milhões cujas vidas foram dilaceradas”.

O chefe da agência de migrações da ONU disse que os sacrifícios feitos pelos numerosos “heróis humanitários” nunca serão esquecidos. Ele prestou suas homenagens e condolências a eles, destacando as famílias dos três funcionários da OIM que morreram.

Resposta humanitária

Em visita a um centro logístico próximo da fronteira entre Turquia e Síria, Vitorino observou que três dias após o desastre, a OIM foi uma das primeiras agências da ONU a reiniciar a assistência transfronteiriça. O local é um importante ponto de trânsito para milhares de toneladas de ajuda sendo levados para o noroeste da Síria.

Até agora, a OIM despachou mais de 150 caminhões de ajuda pela fronteira.

A ONU relata que mais de 500 mil sírios ficaram desabrigados por causa dos terremotos. Na Turquia, mais de 1,9 milhão estão em abrigos temporários, com 2,5 milhões de crianças precisando de assistência humanitária urgente. Mais de 5 milhões de turcos necessitam de auxílio.

Apelo para plano de resposta

Um total de 850 mil crianças de ambos os países estão deslocadas, e os planos de resposta de emergência da ONU para ambos os países requerem quase US$ 1,4 bilhão para cobrir os primeiros três meses de ajuda crítica.

O plano de resposta de 2023 para a Síria exigirá US$ 4,8 bilhões, o maior apelo humanitário atualmente ativo.

Já o apelo da OIM de US$ 161 milhões para apoiar os esforços de resposta na Turquia e no noroeste da Síria está atualmente com menos de 30% de financiamento.

Fonte: ONU News/Foto: IOM 2023/Enver Mohammed

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