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Celulares apreendidos mostram conversas entre Procurador-Geral da República e empresários bolsonaristas

A Polícia Federal apreendeu celulares de alguns empresários bolsonaristas por causa de supostas mensagens golpistas trocadas em um grupo de WhatsApp. Entre os aparelhos, os agentes teriam encontrado conversas desses homens de negócios com o Procurador-Geral da República, Augusto Aras. As informações são do Jota.

Fontes da PF, Ministério Público Federal (MPF) e Supremo Tribunal Federal (STF) informaram ao portal que algumas mensagens criticavam a atuação do ministro Alexandre de Moraes e também havia comentários sobre a candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

O restante das mensagens ainda são mantidas sob sigilo, mas o conteúdo delas já virou tema entre os ministros do STF.

Visto que Augusto Aras também atua como procurador-geral-eleitoral, essas trocas de mensagens podem complicá-lo. Principalmente porque o motivo que levou a PF a deflagrar essa operação foram as conversas dos empresários em defesa de Bolsonaro e criticando a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Procurada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o ministro Alexandre de Moraes autorizou as buscas e apenas comunicou o órgão depois que a operação da PF já havia sido deflagrada na manhã deste terça-feira (23).

Contudo fontes ligadas ao ministro informaram ao portal que a PGR foi comunicada sobre a operação na segunda-feira (22).

A assessoria de Augusto Aras informou que o procurador-geral possui amigos e conhecidos no mundo empresarial e, por isso, há trocas de mensagens entre eles. Também ressaltou que ele só foi informado a respeito da operação nesta terça-feira. Por causa disso, não trocou informações sobre as diligências policiais.

A assessoria ainda frisou que as conversas de Aras com um dos empresários, que é alvo da investigação da PF, são apenas comentários “superficiais”.

Fonte: IstoÉ

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