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Após ataques aéreos no Iêmen, Guterres pede redução de tensões e estabilidade no Mar Vermelho

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu o respeito total da recém-aprovada Resolução 2722, após ataques aéreos realizados em várias partes do Iêmen pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido apoiados por outros países.

Ele pediu aos lados envolvidos para que “não agravem ainda mais a situação, no interesse da paz e da estabilidade no Mar Vermelho e em toda a região”.

Transporte marítimo internacional no Mar Vermelho

A decisão adotada nesta quinta-feira pelos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança condena os ataques dos rebeldes houthis e exige “a suspensão imediata de todos os ataques a navios mercantes comerciais no Mar Vermelho”.

Em nota lançada pelo porta-voz nesta sexta-feira, Guterres reitera que os ataques contra o transporte marítimo internacional na área do Mar Vermelho não são aceitáveis. 

O líder das Nações Unidas alerta sobre o perigo colocado à segurança das cadeias de abastecimento globais e o impacto negativo desses atos na situação econômica e humanitária em todo o mundo.

O apelo feito a todos os Estados-membros das Nações Unidas é “que defendam os seus navios contra os ataques em conformidade com o direito internacional”, tal como estipula a resolução.

Dezenas de alvos e vítimas

Agências de notícias informaram que protestos ocorreram nesta sexta-feira em várias partes do Iêmen na sequência de ataques durante a noite apoiados por vários aliados. Os mísseis alcançaram dezenas de alvos e vítimas, segundo os relatos.

Para o secretário-geral é preciso evitar que tais atos possam piorar a situação no próprio Iêmen. Ele apela a que sejam feitos todos os esforços para garantir que o país siga um caminho para a paz e não seja perdido o trabalho realizado até agora para acabar com o conflito.

Captura do Galaxy Leader

O grupo de rebeldes houthis realizou vários ataques a navios comerciais no Mar Vermelho desde meados de novembro passado. 

Relatos das agências de notícias sublinham que os rebeldes teriam afirmado que continuariam com os atos até que Israel acabe com as ações militares na Faixa de Gaza. 

Os houthis atacaram o primeiro navio israelita em 9 de novembro, 10 dias antes de capturarem o Galaxy Leader. A embarcação de carga era operada por uma companhia japonesa composta por 25 tripulantes.

Fonte: ONU News – Imagem: IMO

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