Liz Truss será a terceira mulher a comandar o Reino Unido; veja perfil
A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, foi escolhida como nova premiê. Ela será a terceira mulher ocupar o cargo. Antes dela, passaram pelo posto Theresa May (2016-2019) e Margaret Thatcher (1979-1990).
A deputada foi escolhida pelos membros do Partido Conservador, que votaram em todo o Reino Unido. Ela disputou a vaga com o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak.
Quem é Liz Truss: Sem meias-palavras e muito crítica aos movimentos de protestos sobre questões identitárias, a ministra das Relações Exteriores, de 47 anos, tornou-se muito popular nas bases do Partido Conservador.
Foi nomeada chefe da diplomacia como recompensa por seu trabalho como ministra do Comércio Internacional durante o Brexit, que resultou na saída do Reino Unido da União Europeia. Ela foi a segunda mulher a ocupar a secretaria de Relações Exteriores no Reino Unido.
No cargo, conseguiu fechar uma série de importantes acordos comerciais pós-Brexit. Sua linha dura sobre a invasão da Ucrânia ou suas ameaças de romper o acordo da UE sobre a Irlanda do Norte atraem alguns conservadores.
Antes de ser nomeada chanceler, também foi ministra da Mulher da Igualdade e das Finanças. Ainda ocupou os cargos de secretária de Meio Ambiente do governo de David Cameron e secretária de Justiça no mandado de Theresa May.
Boris Johnson enfrentou escândalos até deixar o cargo. O então primeiro-ministro britânico anunciou sua renúncia após uma intensa crise no governo que fez com que mais de 50 membros, entre ministros, secretários e auxiliares, deixassem seus postos alegando “falta de confiança” em sua gestão.
A crise foi desencadeada após Boris admitir que cometeu um “erro” ao ter nomeado Chris Pincher para um cargo parlamentar importante. O político conservador foi acusado de assédio sexual e renunciou após admitir ter apalpado, quando estava embriagado, dois homens, incluindo um deputado, em um clube privado do centro de Londres.
Boris chegou a sobreviver ao voto de desconfiança movido pelo partido em junho, em decorrência do processo do chamado “partygate”, que escandalizou o Reino Unido por de festas promovidas em Downing Street, sede do poder britânico, durante o lockdown nacional pela Covid-19. Por isso, Boris Johnson estava imune a um novo voto de desconfiança por mais um ano. Mas essa garantia não foi o suficiente e o escândalo envolvendo Pincher levou o premiê a renunciar.
Com informações de AFP e BBC