O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, descartou nesta segunda-feira, 16, riscos à democracia brasileira, apesar do atrito entre instituições, em especial, do que chamou de ameaças pelo “populismo extremista, autoritário e golpista”. “Gosto de achar que não há risco para a democracia no Brasil porque não há nem em nome de quê se dar um golpe. Falar em perigo comunista é risível no Brasil de hoje”, disse o ministro nesta tarde sem citar nomes.
Fundo eleitoral
Durante evento promovido pelo Centro de Estudos das Sociedades de Advogados (Cesa), Barroso disse que avalia como positiva a mudança sobre o financiamento de campanha e criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o “fundão eleitoral”, em outubro de 2017. Segundo o ministro, a mudança encerra período de “imoralidade administrativa”.
Apesar dos elogios, Barroso sugeriu aprimoramentos ao atual mecanismo. Segundo Barroso, deveria haver regras legais para a destinação de recursos a fim de evitar, conforme modelo atual, “poder exacerbado” a dirigentes partidários. Entre os aperfeiçoamentos, o ministro salientou a ampliação dos recursos carimbados a candidaturas específicas.
“Conseguimos carimbar recursos a mulheres e negros, com choro e ranger de dentes”, disse. “Mas é preciso ter também dinheiro reservado para novas candidaturas, para que haja renovação.”
Fonte: Estadão