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Conflito em Gaza: Israel retoma bombardeios e aumenta tensão na região

O Hamas também atribuiu aos Estados Unidos a responsabilidade pelos ataques

Na terça-feira, 18 de janeiro, Israel rompeu o cessar-fogo que estava em vigor desde 19 de janeiro e voltou a bombardear a Faixa de Gaza. De acordo com o Ministério da Saúde palestino, os ataques resultaram na morte de 413 pessoas, a maioria delas crianças e mulheres. Após uma noite de intensos bombardeios, o Exército israelense emitiu ordens para que os moradores de Gaza abandonassem as zonas fronteiriças, aumentando ainda mais a tensão na região.

O Hamas, grupo que controla Gaza, declarou que está “trabalhando com mediadores internacionais” para tentar “frear a agressão de Israel”, que, segundo eles, “renegou seus compromissos ao retomar a agressão e a guerra”. O movimento também atribuiu aos Estados Unidos a responsabilidade pelos ataques, afirmando que o apoio político e militar irrestrito de Washington à ocupação israelense torna o país cúmplice dos “massacres e assassinatos de mulheres e crianças em Gaza”.

Em resposta à suspensão da trégua, o Ministério da Defesa de Israel justificou suas ações citando a situação dos prisioneiros palestinos. O ministro israelense Israel Katz afirmou que o país não irá “parar de lutar até que todos os reféns tenham retornado para suas casas e que todos os objetivos da guerra tenham sido cumpridos”.

Relatório da ONU: “Atos Genocidas”

Um relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado na última quinta-feira (13), classificou as agressões de Israel contra os palestinos como “atos genocidas”. A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino Ocupado, incluindo Jerusalém Oriental e Israel, afirmou que as autoridades israelenses têm destruído, em parte, a capacidade reprodutiva dos palestinos em Gaza, impondo medidas que visam impedir nascimentos, uma das categorias de atos genocidas conforme definido no Estatuto de Roma e na Convenção sobre Genocídio.

Desde o início da intensificação do conflito em 7 de outubro de 2023, os ataques israelenses já resultaram na morte de mais de 45 mil palestinos, segundo dados do Ministério da Saúde local. A situação humanitária em Gaza continua a se deteriorar, com apelos internacionais por um cessar-fogo duradouro e por medidas que garantam a proteção da população civil.

O retorno dos bombardeios em Gaza e as declarações de ambos os lados indicam que a situação na região permanece crítica. A comunidade internacional observa com preocupação o desenrolar dos eventos, enquanto os esforços para mediar um acordo de paz continuam a ser desafiados pela escalada da violência. A necessidade de um diálogo construtivo e de soluções pacíficas é mais urgente do que nunca.

Edição Jogo do Poder – Com informações da imprensa internacional – Imagem: Unicef/Mohammed Nateel

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