A greve dos professores da rede de ensino de Teresina entra nesta quinta-feira, 8 de outubro, no seu 212º dia, ou seja, mais de sete meses de paralisação, e vem recebendo a cada dia mais adesões da categoria. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) acusa o prefeito Firmino Filho (PSDB) de intimidar a categoria, zerando, em plena pandemia da Covid-19, os contracheques de 78 professoras entre os 862 profissionais que participam do movimento. A entidade teve que fazer financiamento para emprestar às professoras perseguidas para que suas famílias não passem necessidades.
O presidente do Sindserm, Sinésio Soares, em entrevista a este portal Jogo do Poder, afirmou que Firmino Filho se recusa a negociar a pauta de reivindicações e de não cumprir a Lei Federal 11738/2008, que instituiu o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. “O pior de tudo é que Firmino resolveu reajustar os salários, concedendo progressões apenas para quem tem cargos comissionados, em pleno período eleitoral”, acusou.
Sobre zerar contracheques de servidores em greve, o Sindserm já fez a denúncia na Justiça por crime eleitoral, apresentando as provas. Sinésio Soares diz esperar que a justiça seja feita, embora os correligionários de Firmino e do ex-secretário de Educação do Município Kelber Montezuma, candidato a prefeito nas eleições deste ano, digam que não vai dar em nada. “Eles fazem deboche da Justiça do Piauí”, afirmou o sindicalista.
Uma assembleia geral da categoria está marcada para esta sexta-feira, 9 de outubro, quando os profissionais da Educação de Teresina farão uma avaliação do movimento e receberão a adesão de mais professores ao movimento paredista.
Redação