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Mudanças no site da Casa Branca: até a Constituição é retirada do ar sob governo Trump

Páginas que tratavam de temas como diversidade, equidade e direitos reprodutivos também foram retiradas

O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro, trouxe consigo não apenas uma nova administração, mas também uma série de mudanças visíveis no site oficial da Casa Branca. A administração republicana de extrema direita promoveu alterações significativas, tanto em conteúdo quanto em design, sinalizando uma guinada política e ideológica.

Páginas removidas e nova agenda prioritária

Com a posse de Trump, diversas páginas que tratavam de temas como diversidade, equidade, direitos reprodutivos e até mesmo a Constituição dos Estados Unidos foram retiradas do ar, resultando em mensagens de erro “404”. Também não está mais disponível a versão em espanhol do site.

A página “Issues” (“Questões”), que antes abordava temas como democracia e justiça, foi renomeada para “The Trump-Vance Administration Priorities” (“As Prioridades da Administração Trump-Vance”). Entre as prioridades destacadas, incluem-se medidas como a deportação em massa de imigrantes, a construção de um muro na fronteira e o restabelecimento da política de “Permanência no México”.

Outro ponto polêmico é a promessa de buscar a pena de morte para crimes considerados “cruéis”, incluindo assassinatos cometidos por imigrantes ilegais. Já na área de energia, o governo anunciou a saída do Acordo Climático de Paris e o fim dos contratos de longo prazo para parques eólicos, alegando que essas estruturas degradam paisagens naturais.

Fim de políticas de diversidade e inclusão

No terceiro dia de governo, Trump ordenou o fechamento de todos os programas federais relacionados a diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEIA). Funcionários dessas iniciativas foram colocados em licença remunerada enquanto as agências encerram suas atividades.

A administração também destituiu a almirante Linda Fagan, a primeira mulher a liderar a Guarda Costeira dos EUA. Segundo fontes do Departamento de Segurança Interna, Fagan foi retirada do cargo por falhas operacionais e “atenção excessiva” a programas de diversidade.

Críticas e polêmicas

Trump também atacou publicamente a bispa Mariann Edgar Budde, que havia criticado suas políticas durante um sermão na Catedral Nacional de Washington. A bispa pediu misericórdia ao presidente e destacou o impacto negativo de suas medidas para migrantes e pessoas LGBTQ+.

Em resposta, Trump escreveu em sua rede social Truth Social que o discurso foi “desagradável” e “chato”, exigindo um pedido de desculpas por parte da bispa e da igreja.

Promessas e direção futura

A nova administração promete “trazer de volta os valores americanos” e anunciou planos para estabelecer “o masculino e o feminino como realidade biológica”, eliminando iniciativas relacionadas à diversidade de gênero.

Além disso, a Casa Branca lançou uma página dedicada às ações presidenciais, onde constam ordens executivas emitidas nos primeiros dias do governo, todas alinhadas às prioridades mencionadas.

Repercussão e expectativas

As mudanças no site da Casa Branca simbolizam um reposicionamento claro do governo Trump em relação às políticas da administração Biden. A exclusão de páginas e a dissolução de programas de diversidade reforçam uma agenda conservadora e polarizadora, que promete dominar o cenário político dos próximos anos.

Resta saber como essas medidas impactarão a sociedade americana e as relações internacionais durante o segundo mandato de Trump.

IA – Imagem: Reprodução

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