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Eduardo Bolsonaro permanece nos EUA apesar de apelos do pai

Fontes próximas ao ex-presidente relataram que Bolsonaro discordou da escolha do filho

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou convencer o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), a retornar ao Brasil, mas sem sucesso. Eduardo decidiu permanecer nos Estados Unidos por mais quatro meses, decisão que pegou de surpresa aliados políticos e integrantes do Partido Liberal (PL).

Tentativas de contato sem resposta

Fontes próximas ao ex-presidente relataram que Bolsonaro discordou da escolha do filho e tentou mobilizar aliados para fazê-lo mudar de ideia. Desde o último sábado (15), Bolsonaro tem tentado contato com Eduardo diversas vezes por chamadas de vídeo e áudio, porém sem resposta.

Eduardo compartilhou sua decisão apenas com um grupo restrito de aliados, e sua ausência na manifestação de domingo (16) no Rio de Janeiro em favor do projeto de lei da anistia causou surpresa. Até então, ele havia indicado que participaria do ato, o que não aconteceu.

Motivos para permanecer nos EUA

A pessoas próximas, Eduardo mencionou temores sobre uma possível apreensão de seu passaporte por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo a hipótese de uma futura prisão. No entanto, ele não é investigado nem responde a qualquer inquérito judicial no momento.

Sua esposa, a psicóloga Heloísa Bolsonaro, também teria incentivado a permanência do deputado nos Estados Unidos. Segundo informações, ela fez apelos para que ele ficasse no país por mais quatro meses, reforçando os receios da família em relação ao cenário político brasileiro.

Impactos políticos

A decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer fora do Brasil gerou desconforto dentro do PL. Deputados da legenda afirmam que não foram informados previamente e que a escolha do deputado pode impactar sua candidatura ao Senado em 2026.

Aliados na Câmara avaliam que a ausência prolongada de Eduardo pode comprometer sua articulação política e enfraquecer seu nome para as próximas eleições. O episódio remete à experiência vivida por Jair Bolsonaro após sua derrota em 2022, quando também permaneceu nos EUA por meses antes de retornar ao Brasil, temendo perder relevância política.

Reações no partido

A cúpula do Partido Liberal segue acompanhando a situação, e ainda não há um posicionamento oficial sobre o impacto da decisão de Eduardo. Enquanto isso, a base aliada do ex-presidente se organiza para tentar minimizar eventuais prejuízos políticos causados pela ausência do deputado.

Nos próximos meses, será decisivo observar como essa escolha refletirá no futuro político de Eduardo Bolsonaro e nas estratégias do bolsonarismo para as eleições de 2026.

Edição: Jogo do Poder – Com informações CNN – Imagem: Valter Campanato

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