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Após Cúpula da Amazônia, Pnuma enfatiza apoio à Declaração de Belém

Nesta quarta-feira, foi encerrada a Cúpula da Amazônia, que reuniu 12 chefes de Estado na cidade de Belém, no estado brasileiro do Pará.

O evento teve como resultado a adoção da Declaração de Belém, que consolida uma agenda de cooperação para a Amazônia.

Declaração de Belém

O texto implica o compromisso dos países da Bacia Amazônica em proteger e promover os direitos humanos no território, bem como avançar em ações regionais para evitar o “ponto de não retorno” na floresta.

Esses países são Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, todos signatários do Tratado de Cooperação Amazônica.

A Cúpula foi precedida pelos Diálogos Amazônicos, que ocorreram até sábado e reuniram mais de 10 mil pessoas.

De acordo com o diretor do Escritório para a América Latina e o Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, Juan Bello, esse evento preparatório foi fundamental.

Encontro de culturas

Ele afirmou que os Diálogos Amazônicos são “um exemplo do enorme potencial do encontro de culturas, conhecimentos e perspectivas para o desenvolvimento de soluções inovadoras que garantam a proteção e a sustentabilidade desse bioma e de seus habitantes.”

A coordenadora do Conselho Indígena Tupinambá do Baixo Tapajós, Raquel Tupinambá, também teve uma impressão positiva do evento. 

Segundo ela a atividade possibilitou “a participação dos movimentos sociais, das universidades e da sociedade civil em geral nesse processo de fazer reflexões sobre temas latentes que a humanidade vivencia.”

Raquel destacou a proteção dos povos indígenas e povos isolados, a questão da exploração do petróleo, a bioeconomia e a preservação e reflorestamento da mata nativa na Amazônia.

Cinco eixos de atuação do Pnuma

Após o encerramento da Cúpula, o Pnuma declarou que vai contribuir com a implementação da agenda definida pela Declaração de Belém.

A atuação da agência terá cinco eixos com prioridade para a gestão dos recursos naturais com direitos de acesso pelos povos tradicionais. As outras finalidades são o desenvolvimento da bioeconomia, a restauração de áreas degradadas e a adaptação para a crise climática.

A declaração prevê ainda o apoio técnico e regulatório para eliminar poluição por mercúrio e plástico e interfaces entre ciência e sociedade. 

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, com cerca de 40% das florestas tropicais do planeta. A água que flui por seus rios equivale a aproximadamente 15% do total que chega aos oceanos.

Fonte: ONU News – Com reportagem de Sofia Arocha do Pnuma e Mayara Lima da IRI

Imagem: ONU/Rodolpho Valente

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