Enquanto setores do mundo político ainda consideram a possibilidade de uma ruptura institucional, o presidente Jair Bolsonaro rechaçou na manhã desta sexta-feira (27) a hipótese de que possa embarcar em um golpe de Estado. “Estão dizendo que quero dar golpe. São idiotas, já sou presidente”, declarou o chefe do Executivo a apoiadores aglomerados sem máscaras de proteção contra a covid-19 em frente ao Palácio do Planalto.
Novamente convocando simpatizantes para as manifestações marcadas para 7 de setembro, o presidente disse que fará um discurso mais longo no ato da Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo Bolsonaro, os atos vão mostrar para o mundo “que o Brasil está sofrendo”. “O que está em risco é o futuro de vocês e a minha vida física. Tem uma van ali para evitar o Sniper (atirador). É o tempo todo essa preocupação do que pode acontecer”, afirmou.
Mantendo sua posição de confronto com outros Poderes, Bolsonaro afirmou que não pode sofrer interferências de outros entes da federação. “Não quero interferir do lado de lá, nem vou, mas precisam me deixar trabalhar do lado de cá. “Está difícil governar o País dessa forma”, declarou, desferindo novos ataques indiretos, ainda, a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). “Não pode um ou dois caras estragar a democracia no Brasil. Começaram a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. Agora o câncer já foi para o TSE. Temos que colocar um ponto final nisso”.
Vacina
O chefe do Executivo ainda voltou a falar do suposto tratamento precoce contra a covid-19 – “deu certo para mim e para muita gente” – mesmo sem comprovação científica de eficácia, e reiterou ataques à Coronavac. “Essa vacina, estão vendo que é uma Não precisa nem falar”.
Fonte: Estadão Conteúdo