A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotou uma nova linha de atuação no caso que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Com a inclusão do renomado advogado criminalista Celso Vilardi na equipe, os advogados desistiram de insistir nos pedidos de suspeição do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que conduz o inquérito.
Vilardi, que tem vasta experiência em casos de grande repercussão como a Operação Lava Jato, trouxe uma abordagem mais técnica e menos confrontadora em relação ao STF. Essa postura marca uma mudança estratégica significativa, refletindo a tentativa de reduzir a tensão entre a defesa de Bolsonaro e a Corte. A decisão de abandonar os pedidos de afastamento de Moraes foi interpretada como um reconhecimento de que a discussão sobre a imparcialidade do ministro já está “decidida” e não oferece mais perspectivas favoráveis ao ex-presidente.
A suspeição de Moraes foi alvo de duas contestações no STF. Em dezembro de 2023, a Suprema Corte rejeitou um dos pedidos por ampla maioria de 9 votos a 1. Um segundo pedido permanece sem previsão de julgamento, mas a desistência da defesa reflete a avaliação de que insistir nessa linha seria contraproducente.
Essa nova estratégia também busca melhorar a relação com o STF em um momento crítico para Bolsonaro. O ex-presidente enfrenta um cenário jurídico mais complexo, com indiciamentos pela Polícia Federal e a iminente possibilidade de uma denúncia formal pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A pressão sobre Bolsonaro vem aumentando, elevando os riscos de uma eventual prisão.
A inclusão de Vilardi e a mudança na condução da defesa sugerem uma tentativa de reposicionar a estratégia jurídica em busca de resultados mais favoráveis e de uma interlocução mais efetiva com o Supremo Tribunal Federal.
Com informações Diário do Centro do Mundo
IA – Imagem: