O primeiro jardim de chuva do Piauí está localizado no bairro Nova Brasília, zona Norte da capital, e foi construído pelo Viver+Teresina, programa de investimentos da prefeitura com foco em soluções de adaptação dos efeitos das mudanças climáticas. Os jardins de chuva são soluções baseadas na natureza que compõem o sistema de drenagem e sua instalação deve ser feita em locais onde costumeiramente ocorrem alagamentos.
A função dos jardins é retardar o escoamento das águas da chuva que costumam se acumular nos locais mais baixos. “O jardim é um sistema de biorretenção. Nós implementamos canaletas de direcionamento da água para que ela chegue ao jardim. As plantas têm a função de reter a passagem da água e as camadas de terra e substrato, areia grossa e material granular, como brita e pedregulhos, tem a função de filtrar essa água”, explica Renan Gomes, coordenador de Engenharia do Viver+Teresina.
Além de evitar os alagamentos, o jardim permite que essa água da chuva, que costuma vir contaminada pelo lixo deixado nas ruas e bueiros, seja filtrada e devolvida limpa à natureza.
Porém, muito mais do que uma solução de drenagem, os jardins de chuva são essenciais em uma cidade quente como Teresina porque contribuem para o aumento da cobertura vegetal e, assim, que se criem microclimas mais agradáveis para a população.
“Esse é o projeto piloto do nosso jardim de chuva, que foi construído no Parque Viver+Nova Brasília. Estamos trabalhando nele e já temos prospecção de construir outros em toda a cidade. É uma solução de drenagem mais acessível, com impacto extremamente positivo porque filtra a água suja, contribui para o amenizar o calor e ainda torna a cidade mais bonita”, afirma Bruno Quaresma, diretor geral do Viver+Teresina.
O programa Viver+Teresina é ligado à Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação – Semplan e tem como meta planejar e executar obras que possam promover a adaptação da cidade aos efeitos da emergência climática, como alagamentos, enchentes e calor extremo.
Fonte: Semcom