UE parabeniza Petro por vitória ‘inquestionável’ em eleição na Colômbia
O alto representante da UE (União Europeia) para Assuntos Exteriores, Josep Borrell, parabenizou hoje o ex-prefeito de Bogotá Gustavo Petro por sua vitória nas eleições presidenciais da Colômbia e disse que o resultado do pleito é “inquestionável”.
O resultado mostrou que Petro alcançou 50,44% dos votos (11.281.013), contra os 47,31% (10.580.412) obtidos pelo adversário Rodolfo Hernández, empresário da construção civil que disputou como candidato independente de um movimento chamado Liga de Governantes Anticorrupção.
“Temos uma missão de observação eleitoral que vai tornar público o seu relatório, mas já posso antecipar que a impressão é que foram eleições absolutamente limpas, realizadas com total normalidade e com um resultado inquestionável”, afirmou Borrell antes de participar de uma reunião do Conselho de ministros de Relações Exteriores da UE hoje.
“Desejo o melhor ao presidente eleito da Colômbia e aos colombianos, que podem avançar em uma sociedade mais igualitária e mais inclusiva”, acrescentou o diplomata.
Em publicação no Twitter feita ontem, logo após a divulgação do resultado oficial, Borrell também disse que a Colômbia é um “parceiro fundamental” para a UE. “Conte com a União Europeia para continuar fortalecendo nossas relações”, escreveu o alto representante da UE se dirigindo a Petro.
Quem é Gustavo Petro
Gustavo Petro tem 62 anos e chega à Presidência em sua terceira tentativa, tendo como vice a advogada e ex-trabalhadora doméstica Francia Márquez, primeira mulher negra a ocupar o cargo.
O presidente eleito promete combater as desigualdades no país, pacificar os conflitos com guerrilhas que ainda não depuseram as armas e enfrentar as mudanças climáticas.
Míope desde criança, Petro descreve a si próprio como “um revolucionário obstinado”. Nascido em uma família de classe média, de pai conservador e mãe liberal, e educado por padres lassalistas, formou-se economista.
Petro militou no M-19, uma guerrilha nacionalista de origem urbana que assinou a paz em 1990. Admirador fervoroso do Prêmio Nobel Gabriel García Márquez, na clandestinidade adotou o nome Aureliano, em homenagem ao personagem de “Cem Anos de Solidão”.
Foi detido e torturado pelos militares e ficou preso por um ano e meio, mas foi sempre um combatente “medíocre”, de acordo com seus ex-companheiros de armas.
Com informações da Ansa e AFP