Trump faz primeiro discurso no Congresso em seu segundo mandato
Entre vaias e aplausos, o presidente norte-americano insiste em continuar guerra comercial com o mundo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou nesta terça-feira (4) seu primeiro discurso no Congresso americano desde o início de seu segundo mandato. Diante de aplausos dos republicanos e protestos dos democratas, Trump abordou temas como economia, comércio internacional e política externa.
Em um discurso de 1 hora e 40 minutos, o republicano destacou as principais ações das primeiras semanas de governo, incluindo o avanço nas deportações, a saída dos EUA da Organização Mundial da Saúde e a revogação de regulações ambientais. Além disso, anunciou a imposição de tarifas recíprocas para países a partir de abril e medidas para fortalecer a indústria naval norte-americana.
Trump também buscou amenizar tensões com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, mencionando uma carta do líder ucraniano com a intenção de retomar negociações sobre exploração de minerais estratégicos.
A sessão conjunta no Capitólio teve momentos de tensão, incluindo a retirada do deputado democrata Al Green do plenário após protestos contra Trump. Em tom combativo, o presidente fez ataques a Joe Biden, a quem chamou de “pior presidente da história dos EUA”, e criticou políticas de diversidade, afirmando que “nosso país não será mais ‘woke'”.
Outro destaque foi a presença de Elon Musk, líder do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), elogiado por Trump por sua atuação na redução da burocracia federal. Em um aceno ao bilionário, o presidente afirmou que pretende “colocar a bandeira americana em Marte”.
No comércio exterior, Trump reforçou sua política protecionista e anunciou tarifas recíprocas para todos os países a partir de 2 de abril, citando o Brasil como um dos países que impõem tarifas injustas contra os EUA. “Se usarem barreiras para nos manter fora de seus mercados, usaremos barreiras para mantê-los fora do nosso”, declarou.
O discurso reforçou a postura nacionalista do presidente e suas intenções de continuar com medidas polêmicas, reafirmando seu compromisso com o chamado “resgate do sonho americano”.
Redação – Imagem: X
