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SMPM reúne especialistas e religiosas para tratar do cuidado à saúde mental e do empoderamento das mulheres

No mundo onde há intolerância, violência, os direitos das mulheres são desrespeitados. Essa e outras questões nortearam a mesa de discussão “Interface da Saúde Mental e da religião no empoderamento das mulheres”, que foi realizada pela Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SMPM) no auditório da Faculdade UniNassau (unidade Redenção) na manhã desta quinta-feira (27).

O encontro reuniu especialistas da saúde psíquica e representantes das religiões evangélica, umbanda e candomblé que fomentaram diálogos sobre as interfaces de experiências exitosas relativas à promoção e atenção do cuidado e fortalecimento da saúde mental das mulheres, numa perspectiva de gênero.

A secretária da Mulher, Karla Berger, defende que o momento oferece uma conexão de outras pastas para o enfrentamento de vulnerabilidades que acometem as mulheres com maior frequência. “Acreditamos que debater em outras interfaces, como a saúde e a religião, também pode provocar outros instrumentos para o empoderamento feminino”, detalha. “Vimos a religiosidade como um fator importante no seu desenvolvimento”, avalia a secretária.

O evento seguiu as normas sanitárias devido ao aumento de casos da Covid-19 e foi transmitido ao vivo de forma remota pela plataforma Google Meet, onde os participantes interagiram com perguntas. A educadora social e representante do candomblé, Assunção Aguiar lembrou que a saúde da mulher “foi a mais afetada por episódios extremos de violações, principalmente se ela for negra, e sofrer racismo isso a fragiliza”, observa.

Presente à mesa, o médico psiquiatra Samuel Robson refletiu dois pontos: “na perspectiva da saúde vemos o adoecimento das mulheres por conta do aumento da violência que elas sofrem, no empoderamento elas tendem a buscar um poder do que é justo. A condição é que a sociedade busque um nível de paz para alcançar a transformação”, considerou o psiquiatra.

A saúde mental das mulheres teresinenses foi discutida como peça chave pelo psicólogo Wellington Rodrigues. “São 11 mil medidas protetivas só no Piauí e isso tem adoecido as mulheres. São elas que buscam mais os atendimentos psicológicos e isso reflete que ela quer ficar bem”, atentou.

“O que entendo como a religiosidade pode estar auxiliando para as mulheres é na forma dela construir seus espaços na vida, na forma dela vivenciar e enfrentar o seu sofrimento além de ter uma buscar por um alívio e a religião promove isso na vida”, sintetizou, ainda durante a roda, a professora evangélica, Layone Holanda.

Para debater os assuntos finais, os especialistas sustentam que é preciso ter um diálogo com para um cenário de transformação. “A espiritualidade tem que trazer o acolhimento mais é com o empoderamento das mulheres que conseguimos reduzir a desigualdade” concluiu a Terapeuta Holística e representante da Umbanda, Mãe Eufrazina de Iansã.

Fonte: SMPM

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