GeralInternacionaisPolítica

Rússia x Ucrânia: Parlamento ucraniano aprova porte de armas por civis

O Parlamento da Ucrânia aprovou hoje um projeto de lei que dá permissão aos ucranianos para portar armas de fogo e agir em autodefesa, dois dias após o presidente Vladimir Putin reconhecer como independentes duas regiões separatistas do leste da Ucrânia e ordenar o envio de tropas ao local.

“A adoção desta lei é totalmente do interesse do Estado e da sociedade”, afirmaram os autores do projeto de lei em uma nota, acrescentando que a lei era necessária devido às “ameaças e perigos existentes para os cidadãos da Ucrânia”.

A Europa vive uma das piores crises de segurança em décadas.

A Ucrânia também anunciou que vai instaurar um estado de emergência em todo seu território, exceto nas regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, onde estão as tropas russas. Segundo Oleksiy Danilov, autoridade de alto escalão de segurança da Ucrânia, a medida tem validade de 30 dias, mas pode ser prorrogada por mais 30 dias.

Separatistas pró-Rússia controlam partes de Donetsk e Luhansk desde 2014. Anteontem, a Rússia reconheceu as regiões como independentes e assinou acordos com os rebeldes, abrindo as portas para sua presença militar na Ucrânia.

Oleksiy Danilov também afirmou que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, não discutiu o desenvolvimento de armas nucleares, algo que Putin disse representar uma ameaça estratégica para a Rússia.

Ucrânia pediu que seus cidadãos deixem a Rússia

Hoje, o ministério ucraniano das Relações Exteriores pediu a seus cidadãos que deixem a Rússia rapidamente, porque uma possível invasão poderia reduzir a assistência consular.

O Parlamento da Ucrânia aprovou um pacote de sanções contra 351 russos. As medidas incluem como alvos parlamentares que apoiaram o reconhecimento da independência de dois territórios controlados por separatistas no leste da Ucrânia e o envio de tropas russas para lá.

Putin diz que exigências russas são ‘inegociáveis’

Putin disse hoje que não cederá em suas exigências na crise em que enfrenta vários países ocidentais, o que aumenta o temor de uma invasão da Ucrânia, apesar do acúmulo de sanções internacionais.

“Os interesses e a segurança de nossos cidadãos não são negociáveis para nós”, declarou ele em um breve discurso exibido na televisão por ocasião do Dia do Defensor da Pátria.

Com informações da Reuters

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo