Representantes da Prefeitura de Teresina se reuniram com membros do Comitê de Operações Emergenciais (COE) para decidir sobre a readequação de leitos exclusivos Covid, que devem ser desativados para o atendimento de pacientes com outras doenças, e a flexibilização das atividades comerciais a partir deste fim de semana.
“As notícias que o COE nos repassou são animadoras, mas que não nos permitem baixar a guarda. Diante disse, hoje mesmo há a possibilidade de alteração do decreto que está em vigor permitindo que, no sábado, bares e restaurantes possam ter música ao vivo até as 23h, já para este fim de semana”, disse Marcelo Eulálio, secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Teresina (Semdec).
Entre as atividades que podem ser flexibilizadas na Capital ainda este mês, está o funcionamento de casas de eventos e buffets.
“Foi discutido hoje também para, nos próximos dias, se esse quadro permanecer e há uma perspectiva e torcida para que inclusive melhore ainda mais, algumas outras atividades possam ser contempladas. Discutimos, por exemplo, a questão das casas e buffets que também estão há tempos impossibilitadas de atuarem. Discutimos isso e se esse quadro permanecer e essas perspectivas se confirmarem, outras atividades serão contempladas nos próximos decretos”, adianta o secretário.
O presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Abuquerque, confirma a situação epidemiológica controlada em relação à Covid-19, sem filas de espera por leitos clínicos ou UTIs. No momento, a ocupação de UTIs é de 94%; já os leitos clínicos estão 75% ocupados.
“Condições de oxigênio estão muito favoráveis, medicamentos, profissionais, leitos clínicos e de UTI. Vivemos um momento favorável. Não podemos, no entanto, baixar a guarda. Estamos há 15 dias sem filas nos leitos clínicos, quase dez dias sem fila de UTI. Mas o trauma tá aumentando muito, as outras doenças estão batendo à porta dos nossos hospitais. Precisamos que a comunidade continue colaborando para que a gente possa equalizar a oferta de leito e a necessidade”, alerta Albuquerque.
O presidente da FMS também faz uma comparação entre o aumento de traumas causados por acidentes e a flexibilização das atividades.
“À medida que a covid está diminuindo, outras doenças estão aparecendo. Por exemplo, o trauma. Esse fim de semana, tivemos mais de 60 pacientes internados com fraturas no HUT, ou seja, o trauma está aumentando muito. Na hora que você abre o comércio, as pessoas começam a transitar mais e aumentam os acidentes, o que resulta na necessidade de mais leitos e mais suporte hospitalar”, avalia.
Mesmo com a situação sob controle, tanto o presidente da FMS quanto o gestor da Semdec, reforçam a necessidade da população manter os cuidados para evitar a disseminação da Covid.
“A população não baixe a guarda. A gente vem insistindo, o COE chamou atenção para esse fato que a população precisa continuar usando a máscara, higienização constante das mãos com álcool em gel e distanciamento social”, encerrou Marcelo Eulálio. (Com informações CV / Semcom)