Com o encerramento do ano legislativo, deputados e senadores retornam às suas bases, mas seguem articulando politicamente. A expectativa recai sobre uma possível reforma ministerial no início de 2025, com o objetivo de reorganizar uma base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso.
A restrição, que pode ocorrer antes da eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, busca acomodações de forma mais equilibradas para os partidos do Centrão. A principal crítica às lideranças desses partidos é a desproporção entre o apoio parlamentar e a representação ministerial.
Centrão exige mais espaço
Líderes do Centrão, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendem uma maior presença no primeiro escalonamento do governo. Partidos como PP, Republicanos e PSD cobram participação mais expressiva. O PSD, por exemplo, considera que a composição atual não reflete seu peso no Congresso e vê a possível inclusão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no ministério como uma solução estratégica.
Petistas em evidência
Há insatisfação com a concentração de petistas na Esplanada, especialmente considerando que o PT possui menos de 15% das cadeiras na Câmara. Paralelamente, partidos como União Brasil e MDB também apontam sub-representação, enquanto o PP e Republicanos pressionaram por mais ministérios.
Lira no centro das articulações
Arthur Lira, embora negue interesse público em um ministério, é apontado como peça-chave nas negociações para a reforma. Ele defende que Lula amplie o diálogo com o Congresso e demonstre maior proximidade com os parlamentares.
Próximos passos
Com o recesso do Congresso, as movimentações deverão se intensificar em janeiro, proporcionando o terreno para mudanças que visam consolidar o apoio político ao governo. A decisão final sobre o novo desenho ministerial está nas mãos do presidente Lula, que terá o desafio de equilibrar interesses partidários e garantir governabilidade.
IA – Imagem: Mário Agra/CD