As políticas de educação inclusivas implementadas recentemente na Rede Municipal de Teresina estão deixando uma marca histórica na capital. A próxima novidade é a expansão do trabalho do Centro Municipal de Atendimento Multidisciplinar (CMAM), órgão que já ajudou mais de 1.600 alunos de escolas municipais a superar transtornos de aprendizagem.
O CMAM é uma parceria da Secretaria Municipal de Educação (Semec) com a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e, atualmente, funciona em um prédio, no Centro de Teresina. O atendimento é por meio de uma equipe multidisciplinar, que auxilia os alunos em suas necessidades psicológicas, terapêuticas, psicopedagógicas, entre outras.
“O trabalho do CMAM é incrível e precisamos ampliar. Nesse contexto de pós pandemia, as famílias estão fragilizadas e as crianças precisando de apoio. Então, o prefeito Dr. Pessoa já sinalizou de forma positiva para a criação de, pelo menos, mais quatro CMAMs em outras regiões da cidade”, anuncia o secretário municipal de Educação, professor Nouga Cardoso.
Em reunião com a equipe da Divisão de Educação Inclusiva da Semec, a diretora do CMAM, Daniela Escócio, conta que são 600 alunos em tratamento no momento, mas que o desejo é que alcançar muito mais.
“Gostaríamos de poder atender toda a necessidade da Rede, pois é visível a transformação da criança quando chega no Centro e recebe todo o apoio dos profissionais. O desempenho na escola muda totalmente, assim como sua qualidade de vida”, conta Daniela. Segundo ela, outro anseio é de receber também alunos com deficiência. “Estamos pensando em um novo olhar para essa inclusão”, completa a diretora.
De acordo com a coordenadora de Educação Inclusiva da Semec, Amanda Kárdia, a demanda de atendimento atual é em torno de 2.400 alunos. Com a expansão do Centro Multidisciplinar, as unidades de ensino devem ter suas necessidades atendidas em locais próximos da residência dos alunos.
“Sabemos que essa ação não vai ser imediata, mas já planejamos os primeiros passos e vamos dar início aos encaminhamentos para começar por um CMAM na zona Sul. Há uma previsão de espaço amplo, com a ideia de salas bilíngue para alfabetização dos nossos alunos surdos. Será um grande avanço para a educação inclusiva em Teresina”, destaca Amanda.
Fonte: Semec