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ONU Mulheres “gravemente preocupada” com relatos de violência sexual no Sudão

Notícias sobre violência de gênero e violência sexual no conflito do Sudão estão causando “grave preocupação” à agência ONU Mulheres, das Nações Unidas. 

Desde 15 de abril, o Sudão está em confrontos entre tropas do Exército e integrantes do grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido, RSF. Pelo menos 420 pessoas foram mortas e milhares ficaram feridas no país africano. 

Trabalhadoras humanitárias, cuidadoras e protetoras 

Na quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou seu apelo pelo fim imediato dos combates para coincidir com o feriado que encerrou o Ramadã, o mês de jejum dos muçulmanos. 

Guterres pediu o retorno à mesa de negociação para restabelecer a paz. 

Nesta segunda-feira, foi a vez da diretora-executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, emitir uma nota expressando solidariedade aos sudaneses e ressaltando o “impacto desproporcional sobre meninas e mulheres” com a continuação do conflito. 

A chefe da agência afirmou que os casos de violência contra mulheres, infelizmente, tendem a aumentar e disse que não pode haver impunidade e todas as denúncias têm que ser investigadas rigorosamente. 

Instabilidade política piorou em 2019 

Sima Bahous elogiou a resiliência das mulheres sudanesas como trabalhadoras humanitárias, cuidadoras e protetoras. 

A instabilidade política no Sudão piorou com a saída do ex-presidente Omar al-Bashir do poder, em 2019. Um governo conjunto entre civis e militares foi derrubado por um golpe militar, dois anos depois. 

A integração dos paramilitares das RSF nas Forças Armadas tem sido um dos pontos de discussões como parte de um acordo político, apoiado pela ONU, alcançado em fevereiro, após meses de negociação.   

As RSF nasceram das milícias Janjaweed, que permanecem ativas na região de Darfur.   

Segundo agências de notícias, no domingo, vários países começaram a evacuar seus cidadãos do Sudão incluindo diplomatas e trabalhadores humanitários, após a segunda semana de combates. 

Fonte: ONU News/Foto: © UNHCR/Suzette Fleur Ngontoog

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