ONU apreensiva com “perigo muito real de escalada” após ataque iraniano a Israel
O secretário-geral das Nações Unidas emitiu uma declaração na sequência dos ataques da noite de sábado do Irã contra Israel.
António Guterres condena com veemência “a grave escalada representada pelo ataque em grande escala com o lançamento”, ao apelar pelo “fim imediato dos confrontos”. Neste domingo, o Conselho de Segurança da ONU realiza uma sessão na sequência dos atos.
Vários projéteis lançados
De acordo com agências de notícias, as autoridades do Irã teriam falado de uma resposta em retaliação pelo ataque israelita da semana passada a um complexo da embaixada iraniana na Síria.
Durante a noite, vários projéteis foram lançados de dentro do Irã e se estimam ser “mais de 200”, de acordo com os relatos das agências de notícias. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel falou de 200 drones e vários misseis.
O líder das Nações Unidas disse estar “profundamente alarmado com o perigo muito real de uma escalada arrasadora em toda a região”.
No comunicado, Guterres exorta todas as partes “a exercerem a máxima contenção para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio”.
O secretário-geral lembra que ele “tem sublinhado de forma repetida que nem a região nem o mundo podem permitir-se a outra guerra.”
Situação de paz e segurança no Oriente Médio
Para o presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis, “a resposta iraniana agrava a já tensa e delicada situação de paz e segurança no Oriente Médio”.
Ele reiterou o apelo a todas as partes para que exerçam a máxima moderação destacando que este “é um momento que exige um julgamento sábio e prudente, em que os riscos e os perigos amplos sejam considerados com muito cuidado”.
Francis disse esperar que as “autoridades iranianas honrem a sua palavra de que, através da sua ação hoje, o assunto poderá ser considerado concluído”.
Para o líder do órgão deliberativo da organização, “um círculo vicioso de ataque e contra-ataque não levará a lado nenhum, mas inevitavelmente a mais mortes, sofrimento e miséria”.
Fonte: ONU News – © Unsplash/Shai Pal